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FMI se mostra preocupado com aumento da inflação no Brasil

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) manifestou nesta sexta-feira preocupação porque a inflação no Brasil está "bastante" acima da meta, apoiando, por outro lado, as medidas de flexibilidade monetária e de ajuste fiscal.

"As expectativas de inflação em médio prazo estão bastante acima da meta, o que nos preocupa", informou o FMI em seu relatório Consulta do Artigo IV sobre o Brasil, apresentado hoje.

O documento detalha que a inflação em 2012 será de 5,2%, abaixo dos 6,6% de 2011, mas acima dos 4,5% propostos como meta pelo Banco Central do Brasil, que se dá uma margem de dois pontos percentuais.

O Banco Central do Brasil fixou uma margem para 2012 de entre 2,5% e 6,5%, mas o FMI se mostrou preocupado porque os valores superam a meta proposta pela entidade brasileira.

"Uma questão-chave será flexibilizar o estímulo a tempo de cumprir a meta de inflação em 2013", recomendou o Fundo, que acrescentou que devem ser feitos mais esforços para reequilibrar a demanda interna de consumo para o investimento.

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) se estagnará em 2012, com um avanço de 2,5%, abaixo dos 2,7% do ano passado, "devido, em parte, ao impacto dos fatores externos".

O Fundo destaca também a queda das pressões, que significa um crescimento moderado, e a produção industrial fraca, que sofreu o impacto da valorização do real.

No entanto, o relatório parabeniza o Brasil por conseguir "uma década de estabilidade macroeconômica e de aumento dos padrões de vida".

O FMI se mostrou favorável à flexibilidade das taxas de câmbio e do controle de fluxos de capital externo para controlar os efeitos de um ambiente financeiro com fortes turbulências que criam desequilíbrios macroeconômicos.

No entanto, alguns membros do diretório executivo do Fundo lembraram ao Brasil que as medidas de controle de fluxos de capital podem ser efetivas em curto prazo, mas podem afetar a liquidez. EFE

jmr/tr

EFE   
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