Milhões de evangélicos participam da "Marcha para Jesus" em São Paulo
Milhões de evangélicos percorreram neste sábado as principais avenidas de São Paulo durante a "Marcha para Jesus", evento que reuniu fiéis de todo o país e delegações internacionais que se reuniram no final do dia em um grande ato religioso e artístico.
As igrejas que organizaram o evento informaram que o número de presentes ficou entre 5 milhões e 6 milhões de pessoas, muitas provenientes de outros estados e países, e que se mobilizaram cerca de 1 mil caravanas de ônibus e automóveis.
Os principais cantores do gênero "gospel" do país animaram os trios elétricos que lideraram o desfile e, no final da marcha, se apresentaram.
Os líderes de diversas igrejas cristãs também realizaram orações, nas quais fizeram apelos pela paz mundial e pela renovação da fé.
"Nós declaramos que, de norte a sul, este país se renderá aos pés de Jesus Cristo", declarou na abertura da marcha o pastor Estevam Hernandes, idealizador da parada.
O jogador Kaká é membro da igreja Renascer em Cristo, comandada por Hernandes, que pede para ser chamado de "apóstolo", e enfrenta com sua esposa uma acusação da Justiça dos Estados Unidos por evasão fiscal.
Outro organizador da marcha, que comemorou sua vigésima edição, o vereador e pastor Carlos Apolinário, voltou hoje a defender a institucionalização do "Dia do Orgulho Heterossexual", uma resposta aos supostos "privilégios" da comunidade homossexual criticados pelo legislador municipal.
"Vai chegar o tempo em que os jornais não poderão mais fazer reportagens sobre os gays porque a lei vai proibir. Eles (os homossexuais) querem calar a sociedade e ninguém tem coragem de enfrentá-los", declarou Apolinário à revista "Veja".
O vereador conseguiu na Câmara Municipal a aprovação de um projeto de lei que instituía o Dia do Orgulho Heterossexual na capital paulista, mas a iniciativa foi vetada em agosto de 2011 pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
"A ONU está preocupada com eles, o mundo está preocupado com os gays e parece que vamos ter dois mundos: um antes e outro depois dos gays", opinou o vereador. EFE
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