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Incêndio em hospital na Índia deixa pelo menos 81 mortos

9 dez 2011 - 13h38
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Pelo menos 81 pessoas morreram nesta sexta-feira após um incêndio em um hospital de Calcutá, no leste da Índia, causado por uma negligência que as autoridades classificaram como "crime imperdoável" pela falta de medidas de combate ao fogo no prédio.

No início da tarde no horário local, a imprensa da região informava sobre 81 mortos, 78 deles pacientes, em uma apuração que foi elevando o número de óbitos durante o dia conforme eram resgatados os corpos do complexo hospitalar AMRI, no sul de Calcutá.

A chefe do Governo regional de Bengala, Mamata Banerjee, chegou às imediações do hospital no meio da manhã e apontou os gerentes do hospital privado como responsáveis pelo incêndio, que começou por volta das 3h madrugada no horário local.

Segundo a rede de "NDTV", a chefe do Executivo de Bengala pediu "a condenação mais dura possível" aos responsáveis, aos quais já se retirou a permissão de atividade.

Mamata anunciou durante à tarde que foram detidos quatro diretores do hospital e dois executivos das empresas proprietárias, os grupos empresariais Emami e Shrachi.

Depois de retirados do prédio, os corpos foram transferidos ao hospital público SSKM, que no início da tarde confirmou a morte de 59 pessoas, enquanto aguardava o fim dos trabalhos de resgate, como disse à agência Efe um policial.

Os responsáveis do Executivo regional reconheceram que as autoridades tinham muitos problemas para identificar os corpos e que iriam mostrar fotos dos mortos para que os familiares ajudassem com o reconhecimento.

Inaugurado em 1996, a imprensa local revelou que o complexo hospitalar não tinha detectores de fumaça, embora três anos atrás tenha sido registrado um incêndio de grandes proporções no local.

Uma pessoa que participou dos trabalhos de resgate relatou a "NDTV" que houve muitas dificuldades para resgatar em meio ao caos as cerca de 160 pessoas presas, já que portas e janelas estavam bloqueadas.

Mamata Banerjee teve de acalmar os ânimos de centenas de familiares que lotaram os arredores do hospital desde o início da manhã, observando as dificuldades das equipes de resgate para retirar as vítimas dos sete andares do prédio.

Alguns familiares dos pacientes invadiram a recepção do hospital por causa da falta de informações e da falta de assistência às pessoas que ainda estavam nos andares mais altos do imóvel.

Uma queixa amplamente expressada pelos familiares das vítimas foi o tempo levado pelos bombeiros chegaram ao local. Segundo relatos, as equipes de combate ao fogo somente chegaram entre 2h e 3h depois do início do incêndio.

A demora foi negada a "NDTV" por um responsável dos bombeiros, para quem as equipes se dirigiram ao hospital assim que foram avisadas e a responsabilidade seria do hospital, por não possuir medidas contra incêndio.

O fogo começou por causas ainda desconhecidas no portão da instituição, um espaço de estacionamento, mas transformado em armazém no qual havia material inflamável.

EFE   
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