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Desaceleração chinesa afetará exportação do Brasil--Pettis

27 ago 2011 - 13h43
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Uma mudança na composição da atividade econômica da China nos próximos anos, com o consumo tomando espaço, enquanto investimentos e exportações perdem força, vai atingir o Brasil, disse um economista neste sábado.

"Vai haver queda das importações chinesas de commodities não alimentícias", disse Michael Pettis, professor da Guanghua School of Management da Universidade de Pequim, durante evento da BM&FBovespa.

Segundo ele, o ciclo acelerado de investimentos que vive a China há vários anos tem resultado em megaobras de infraestrutura que terão pouco uso. O saldo de investimentos que não trazem os resultados pretendidos, avalia, é aumento do endividamento.

Para corrigir distorções econômicas derivadas desse cenário, o governo chinês será obrigado a promover mudanças importantes na composição do crescimento econômico do país, cuja taxa deve recuar dos cerca de 8 por cento nos últimos anos para cerca de 3 por cento.

No entanto, o economista descarta um cenário de convulsão social, como alertam muitos outros, caso o ritmo de crescimento econômico chinês desacelere fortemente.

"O mais importante é que o aumento de renda da população cresça em velocidade superior à do PIB", disse.

Para o Brasil, avaliou, o principal impacto será a queda das exportações de produtos como minério de ferro para aquele país. No entanto, o cenário continuará positivo para os embarques de produtos agrícolas brasileiros para aquele mercado.

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