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Ministro dos Transportes afirma que Governo mantém o cerco à corrupção

16 ago 2011 - 17h19
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O ministro dos Transportes, Paulo Sergio Passos, cujo escritório está sob investigação devido a suspeita de fraude, afirmou nesta terça-feira que o Governo mantém o cerco à corrupção e garantiu que "cada denúncia" será esclarecida.

Passos sucedeu há pouco mais de um mês Alfredo Nascimento, ex-titular do Ministério dos Transportes, que a chefe de Estado Dilma Rousseff destituiu em meio a suspeitas que custaram o cargo de mais quatro diretores dessa pasta.

Embora não esteja implicado diretamente nesses supostos crimes, Passos foi convocado nesta terça-feira por uma comissão do Senado que exigiu explicações sobre as denúncias e as medidas adotadas para pôr fim às irregularidades.

O ministro disse que seu escritório tem uma "ativa colaboração" com a Controladoria Geral da República, esfera responsável pelas investigações, e manifestou confiança em que "tudo "será esclarecido.

Além disso, afirmou que algumas denúncias de desvio de dinheiro público que levaram à queda de Nascimento se apoiaram em "suposições equivocadas".

Passos se referiu concretamente as denúncias de superfaturamento em obras de melhorias e construção de várias estradas, que qualificou de "infundadas".

O ministro assegurou que, nesses casos, se tratou somente de ajustes nos contratos assinados com construtoras baseados em diversos fatores, entre eles, inflação e problemas na execução dos projetos que encareceram as obras.

Está previsto para esta terça-feira também que o ministro de Turismo, Pedro Novais, deve comparecer perante uma comissão da Câmara dos Deputados para dar explicações sobre denúncias de desvio de verbas.

Novais foi citado por três comissões parlamentares distintas depois que, na semana passada, seu vice-ministro Frederico Silva da Costa e outros 35 funcionários foram presos por suposta participação em um esquema milionário de desvio de recursos públicos.

No entanto, Novais não se apresentou hoje, alegando problemas de agenda e solicitou às três comissões que organizem uma sessão conjunta para responder aos processos de cada um desses grupos em um só comparecimento.

Em seus primeiros sete meses no poder, além de ter pedido a renúncia de Nascimento, em Transportes, Dilma também perdeu Antonio Palocci, o então chefe da casa Civil, por suspeitas de enriquecimento ilícito.

Nos últimos dias, outras denúncias tocaram diretamente o titular de Agricultura, Wagner Rossi, a quem a oposição também pretende convocar ao Congresso.

As inúmeras denúncias contra o Governo afetam políticos de diversos partidos da coalizão governista, na qual já provocaram temores sobre uma possível faxina perante o que muitos qualificam de "limpeza ética" impulsionada por Dilma.

EFE   
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