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Oito bancos europeus fracassam em testes de estresse

15 jul 2011 - 15h37
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Oito bancos europeus foram reprovados nos testes que visavam medir a capacidade das instituições de resistirem a uma longa recessão e terão de levantar 2,5 bilhões de euros (3,5 bilhões de dólares) em capital, número bem menor que o esperado.

A Autoridade Bancária Europeia disse que cinco bancos da Espanha, dois da Grécia e um da Áustria falharam nos "testes de estresse", que fizeram com que 90 instituições financeiras revelassem pela primeira vez projeções de lucro, problemas em carteira de títulos soberanos e custos de financiamento.

As expectativas apontavam que entre cinco e 15 bancos fracassariam nos testes e precisariam levantar 10 bilhões de euros ou mais em capital. O resultado levou analistas a questionarem a credibilidade dos testes.

Os testes não mensuraram o impacto de um default da dívida soberana grega, o que, para a maioria dos economistas, acontecerá de alguma forma.

"Com apenas oito bancos fracassando e a exigência de que essas instituições elevem 2,5 bilhões (de euros) em capital, (os testes) não foram a solução para restaurar a confiança. O que era necessário era que mais bancos falhassem e que mais capital fosse exigido", disse Michael Symonds, analista de crédito do Daiwa Capital Markets, em Londres.

Os bancos seriam considerados inaptos caso obtivessem uma taxa de "core capital" abaixo de 5 por cento no caso de uma teórica queda nos mercados de ações, de títulos e do setor imobiliário durante dois anos de recessão.

Dezesseis bancos superaram a marca de 5 por cento por uma pequena margem e também terão de tomar medidas.

Os bancos não aprovados precisam agora completar o valor necessário em capital até o final do ano, com os governos locais prontos para usarem dinheiro público se necessário. As instituições que passaram por pouco nos testes também devem ter que aumentar seu capital.

Os "quase reprovados" têm até abril de 2012.

"Sob um teste mais realístico, o atual capital faltante provavelmente deve ser de pelo menos dez vezes a estimativa oficial de 2,5 bilhões de euros", disse Jason Karaian, economista do The Economist Intelligence Unit.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) tem alertado que a Europa está demorando muito para restaurar seu sistema bancário e que os países da região estão atrasados em relação aos Estados Unidos desde a crise financeira.

Enquanto isso, a ameaça de que a crise de dívida grega se espalhe a economias maiores, como Espanha e Itália, tem deixado investidores nervosos e derrubado as ações dos bancos europeus à mínima em dois anos.

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