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Com R$2,8 bi, BB desbanca Bradesco e leva Banco Postal

31 mai 2011 - 19h11
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O Banco do Brasil venceu nesta terça-feira a licitação para operar o Banco Postal, braço de serviços bancários dos Correios.

Para isso, o BB aceitou pagar 2,3 bilhões de reais pelo direito de explorar o serviço, outros 500 milhões de reais pelo uso da rede do Banco Postal, além de mais 350 milhões de reais por ano referentes a tarifas por operações realizadas.

O BB passará a operar o serviço a partir de janeiro de 2012, com prazo de cinco anos. Com isso, o banco antecipou a execução de plano estratégico de ter pontos de atendimento em todos os municípios brasileiros.

Criado em 2001, o Banco Postal tem hoje 6.195 agências que atendem 95 por cento dos municípios brasileiros, com mais de 10 milhões de clientes, segundo os Correios.

Numa disputa apertada, o BB desbancou o Bradesco, que opera o serviço desde 2001 e estava na briga por continuar com a parceria. O Itaú também se credenciou para o leilão, mas foi eliminado logo no início, após apresentar no envelope proposta de apenas 0,01 real.

A Caixa Econômica Federal seguiu na briga, mas desistiu quando os lances no viva-voz ultrapassaram a marca de 1,8 bilhão de reais. O último lance do Bradesco, na décima segunda rodada, foi de 2,25 bilhões de reais, ainda de acordo com os Correios —que se compara aos 2,3 bilhões de reais do BB.

Na Bovespa, as ações do BB foram penalizadas após o anúncio do resultado e fecharam o dia com baixa de 0,88 por cento, a 28,05 reais. A ação do Bradesco subiu 0,52 por cento, a 31,02 reais. O Ibovespa teve alta de 1,04 por cento.

Segundo o presidente da consultoria Austin, Erivelto Rodrigues, a queda da ação do BB pode ter refletido a percepção do mercado de que o preço pago foi elevado demais. "É um valor altíssimo."

Em 2001, lembrou o profissional, o Bradesco pagou 200 milhões de reais para operar o Banco Postal. Segundo Rodrigues, o BB está interessado nos milhões de clientes do braço de serviços bancários dos Correios. "É essa base que o BB vai tentar fidelizar agora, mas é difícil."

(Por Aluísio Alves)

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