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Ministro de Finanças diz que Portugal precisa pedir ajuda à UE

6 abr 2011 - 15h09
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O ministro de Finanças de Portugal, Fernando Teixeira dos Santos, afirmou nesta quarta-feira que "é necessário" recorrer ao financiamento da União Europeia (UE), o que indica uma mudança de postura do governo socialista de Lisboa, que se opunha a pedir ajuda econômica ao bloco europeu.

Em entrevista, o ministro condicionou o pedido de fundos dos mecanismos europeus a um respaldo dos principais partidos políticos portugueses.

O ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, também citou nesta quarta-feira a possibilidade de pedir um resgate financeiro ao ressaltar na Assembleia Legislativa que o governo "atuará patrioticamente" para defender os interesses nacionais em termos de financiamento externo.

"Entendo que é necessário recorrer aos mecanismos de financiamento disponíveis no quadro europeu em termos adequados à atual situação política", afirma Santos em declarações ao "Jornal de Negócios", que as divulga em sua edição digital.

O ministro reconhece a necessidade de tomar essa decisão "perante esta difícil situação, que podia ter sido evitada".

Ele lembra, no entanto, que Portugal "foi irresponsavelmente empurrado para uma situação muito difícil nos mercados financeiros" e que recorrer aos fundos europeus "exigirá, também, o envolvimento e o comprometimento das principais forças e instituições políticas nacionais".

Após a renúncia do Governo, no dia 23 de março, pela rejeição parlamentar a seu quarto plano de austeridade econômica, foram convocadas eleições antecipadas para 5 de junho. Portugal se viu castigado com a alta dos juros de sua dívida e pela queda de sua solvência financeira.

O próprio ministro Santos e outros membros do Governo tinham descartado até agora a possibilidade de pedir ajuda externa, tanto por sua condição de Executivo interino quanto pelas responsabilidades que eles atribuem à oposição no agravamento da situação financeira do país.

EFE   
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