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Otimismo do setor marca abertura da Bolsa Internacional do Turismo

9 mar 2011 - 11h54
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A Bolsa Internacional do Turismo (ITB), a maior feira do setor no mundo, abriu nesta quarta-feira suas portas em Berlim marcada pelo otimismo de uma indústria que considera superada a crise econômica internacional e que espera bater novos recordes de clientes e faturamento neste ano.

O turismo pode liderar "uma nova década de crescimento justo, forte e sustentável e ser um dos mais efetivos agentes para o desenvolvimento", disse o secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), Taleb Rifai, na abertura da feira.

"A primeira década do século XXI registrou um extraordinário crescimento do turismo, mas também houve impactos severos: uma década que começou com o 11 de setembro e que acabou com a crise econômica global", avaliou Rifai.

Além disso, comentou que, atualmente, com um crescimento do número de turistas de 7% em 2010, "é o momento de olhar para frente e se perguntar o que a próxima década trará para o setor", e previu um crescimento contínuo.

Igual otimismo foi manifestado pelo presidente da Confederação da Indústria Turística Alemã (BTW), Klaus Läpple, que antecipou para 2011 um forte crescimento na hotelaria, no transporte aéreo e nas viagens de automóvel.

A Bolsa Internacional do Turismo receberá em sua 45ª edição 11.163 expositores de 188 países que mostrarão ao público seus produtos e as últimas tendências nas viagens de lazer.

"A demanda dos expositores mais uma vez superou amplamente a oferta de espaço da ITB", relatou Christian Göke, diretor da feira da capital alemã, que acrescentou que "a indústria internacional do turismo espera números recorde para este ano mais uma vez", mencionando os mercados emergentes como a Ásia, a América Central e o Leste da Europa como os locais mais promissores.

O responsável pela organização da ITB calcula que cerca de 100 mil profissionais do setor e 60 mil visitantes comparecerão à feira, reflexo do crescimento e da recuperação de um setor afetado pela recente crise financeira e econômica internacional.

Göke comentou que, apesar dos conflitos registrados em vários países árabes, nenhum deles faltará ao evento em Berlim, nem mesmo a Líbia, país para o qual alguns operadores oferecem pacotes de turismo de aventura no deserto.

Já o Egito, que pela primeira vez contará com um pavilhão exclusivo, terá sua participação triplicada na ITB com relação ao ano passado.

Outros países com conflitos abertos ou latentes que marcarão presença em Berlim são Iraque, que retorna à feira pela primeira vez após anos de ausência, e o Paquistão, mas também Iêmen, Síria, Tunísia, Marrocos e Argélia.

Um setor que receberá novos estímulos na presente edição será o segmento "Gay and Lesbian Travel", que estreou no ano passado e que conta com um mercado crescente, sobretudo no Brasil, Argentina, Áustria, Suíça, Bélgica e Israel.

Os 12 mil especialistas que participarão dos simpósios e congressos da ITB tratarão também das viagens para jovens, assim como as novas tecnologias, os problemas demográficos, as transformações sociais e a mobilidade do turista, entre outros temas.

EFE   
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