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Presidentes da Cedeao voltarão à Costa do Marfim para tentar resolver crise

29 dez 2010 - 15h56
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A delegação formada por três presidentes que visitou na terça-feira a Costa do Marfim para pedir a Laurent Gbagbo que deixe o poder e adverti-lo que poderiam utilizar a força para tirá-lo do Governo voltará a Abidjan em 3 de janeiro para tentar resolver a crise no país.

Após se reunir nesta quarta-feira em Abuja (capital da Nigéria) com os governantes de Benin, Cabo Verde e Serra Leoa, que estiveram em Abidjan, o presidente nigeriano e titular de turno da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao), Goodluck Jonathan, confirmou que na segunda-feira eles voltarão à Costa do Marfim.

Jonathan ressaltou que eles ainda estão se falando: "Não quero prejulgar o resultado da reunião porque eles vão voltar em 3 de janeiro" para tentar de resolver o conflito marfinense.

"O diálogo está em andamento e é isso o que nos encorajou a voltar. Quando há uma disputa, é o diálogo que resolve os problemas", acrescentou o governante.

O presidente nigeriano anunciou que tornará público ainda nesta quarta-feira um comunicado sobre a reunião.

Os detalhes sobre o encontro de Jonathan com Yayi Boni, presidente do Benin; Pedro Pires, de Cabo Verde, e Ernest Bai Koroma, de Serra Leoa, não foram divulgados, mas uma fonte da Cedeao disse à Agência Efe que uma negociação "está em andamento".

Na terça-feira, os três presidentes, em nome da cúpula de chefes de Estado da Cedeao, visitaram Gbagbo e deram a ele um ultimato para que passasse pacificamente o poder a Alassane Ouattara, quem a comunidade internacional reconhece como presidente eleito da Costa do Marfim após o pleito de 28 de novembro.

Também tinham como missão adverti-lo que, se ele não passar o poder a Ouattara, a Cedeao poderá utilizar a "legítima força" para tirá-lo do poder.

Os três governantes da África Ocidental também se reuniram em Abidjan com Ouattara e Choi Young-jin, chefe da missão da ONU na Costa do Marfim (Onuci).

Enquanto isso, continua nesta quarta-feira em Abuja a reunião do Comitê de Chefes de Estado-Maior da Cedeao iniciada na terça com o objetivo de estudar os detalhes de um possível desdobramento de tropas e assuntos estratégicos, táticos e logísticos que comportaria uma eventual operação para tirar Gbagbo do poder.

EFE   
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