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Ban Ki-moon apoia nova estratégia de Obama no Afeganistão

2 dez 2009 - 18h32
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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, expressou hoje seu apoio ao novo plano dos Estados Unidos no Afeganistão anunciado pelo presidente americano, Barack Obama.

"O secretário-geral recebe com satisfação o enfoque proposto para equilibrar os esforços militares e civis, e a ênfase no fortalecimento da capacidade das instituições e forças de segurança afegãs", disse hoje a porta-voz da ONU, Marie Okabe.

Okabe acrescentou que o secretário-geral "acredita firmemente que a criação de instituições é uma questão de longo prazo, mas também um processo necessário que em última instância garantirá o sustento dos esforços conjuntos da comunidade internacional no Afeganistão".

A porta-voz reforçou que a ONU "continua comprometida a apoiar todos os esforços para transferir aos afegãos a titularidade, a responsabilidade e a liderança na conquista de uma paz duradoura, estabilidade e desenvolvimento no país".

A ONU conta com uma missão de assistência no país (Unama, na sigla em inglês), mas reduziu sua presença e suas atividades nos últimos meses por motivos de segurança.

Estas medidas foram adotadas depois que cinco funcionários da ONU e quatro afegãos morreram em 28 de outubro em um ataque de um comando insurgente a uma hospedaria em Cabul.

A embaixadora dos EUA na ONU, Susan Rice, ressaltou em reunião com a imprensa que o papel da organização no Afeganistão é "vital" nos campos humanitário, institucional e de desenvolvimento econômico.

"Achamos que o pessoal de Unama precisa e merece mais recursos para garantir sua segurança e permitir o aumento de sua presença", disse a diplomata, que participou da elaboração do novo plano americano para o Afeganistão.

Rice reconheceu que a piora na segurança causou a transferência de funcionários da ONU em Cabul para fora do Afeganistão ou para regiões mais seguras do país.

Por esse motivo, disse Rice, os EUA apoiam a solicitação da Assembleia Geral da ONU de aprovar uma verba adicional de US$ 75 milhões para dar mais segurança ao pessoal da entidade.

Nesta terça-feira, Obama anunciou em discurso na academia militar de West Point o envio de mais 30 mil soldados ao Afeganistão para uma guerra que "não está perdida", com a intenção de iniciar a retirada das tropas em junho de 2011.

EFE   
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