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Argentina anuncia estatização de fábrica de aviões da Lockheed Martin

17 mar 2009 - 15h53
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A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, anunciou hoje a nacionalização da Fábrica Militar de Aviões da província central de Córdoba, em mãos da americana Lockheed Martin desde as privatizações da década de 90.

"Isto tem a ver com recuperar o desenvolvimento tecnológico que a Argentina soube ter e que foi desmantelado", disse a governante ao defender a necessidade de "continuar tomando medidas estratégicas para recuperar o trabalho argentino com mãos e neurônios argentinos".

"Esta decisão se soma a outras como a que tomamos recuperando nossa companhia aérea de bandeira (Aerolíneas Argentinas) e significa voltar a valorizar que tinha sido desmontado" com as privatizações dos anos 90, frisou Cristina durante um ato público em Córdoba, a capital da província de mesmo nome.

A nacionalização da fábrica de aviões estava em estudo desde meados de 2007, quando foi impulsionada pelo Ministério da Defesa dentro de uma estratégia de associação com outras companhias da região, como a brasileira Embraer e a chilena Enaer.

Em novembro de 2007, o Governo argentino negociou com a Lockheed uma possível transferência da fábrica depois que uma auditoria externa avaliou as instalações e equipamentos, a fim de pôr preços nesses ativos.

Para concretizar a operação, que segundo fontes aeronáuticas privadas custará ao Estado cerca de US$ 27 milhões, é preciso o sinal verde do Parlamento, onde o Executivo já colocou o assunto em pauta.

A Fábrica Militar de Aviões de Córdoba, que emprega cerca de 1.100 pessoas, foi privatizada durante o Governo de Carlos Menem, (1989-1999) para que a Lockheed modernizasse uma frota de aviões de combate Skyhawk A4.

EFE   
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