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Não há arma para barrar gripe suína no País, diz ministério

5 mai 2009 - 17h58
(atualizado às 18h06)
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O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Gérson Penna, afirmou nesta terça-feira que, apesar dos esforços do governo brasileiro para se preparar para uma possível entrada no País do vírus H1N1, responsável pela gripe suína, as autoridades não tem "conhecimento ou arma científica" para barrar a presença da Influenza A em território nacional.

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"Não temos conhecimento científico e arma científica para impedir a entrada do vírus em um país continental como o Brasil", destacou Penna, que participa de audiência pública na Câmara dos Deputados.

Apesar de ser impossível se criar uma barreira contra o H1N1, Penna observou que o governo brasileiro tem orientado a população em portos e aeroportos, monitorado casos suspeitos e pessoas que apresentam sintomas da gripe suína, além de mobilizado autoridades de vigilância sanitária para vistoriar fronteiras terrestres e garantir que laboratórios possam futuramente fabricar vacinas contra Influenza A de forma mais ágil.

"A ciência não pode ser feita com otimismo. Podemos errar por qualquer motivo, mas jamais por omissão. É muito difícil (o vírus) não chegar aqui pela evolução que está acontecendo e isso é público", comentou o secretário de Vigilância em Saúde, reiterando que não há motivo para procura imediata por máscaras ou vacinas contra gripe comum e tampouco para pânico entre a população.

"Não há indicação para a população brasileira usar máscara e, segundo a OMS, (a vacina contra gripe comum) confere pouquíssima ou nenhuma proteção a esse vírus. Perguntas sobre a letalidade, velocidade de transmissão do vírus ou número de (futuros) contaminados no Brasil ainda não foram esclarecidas pela comunidade científica. Fazer qualquer afirmativa seria especulação sem nenhuma (prova) científica", ressaltou.

Segundo o Gabinete Permanente de Emergências do Ministério da Saúde, 28 casos estão sendo acompanhados como suspeitos pelas autoridades brasileiras, sendo 12 em São Paulo, três em Minas Gerais, dois no Distrito Federal, dois no Rio de Janeiro, dois em Santa Catarina, dois em Tocantins, um em Goiás, um em Mato Grosso do Sul, um na Paraíba, um em Pernambuco e um em Rondônia.

São suspeitas as pessoas que apresentarem febre acima de 38°C acompanhada de tosse e outros sintomas (dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações ou dificuldade respiratória), além de terem viajado para um dos países afetados pela Influenza do tipo A ou por terem tido contato próximo, nos últimos 10 dias, com uma pessoa suspeita de estar contaminada pela gripe.

Fonte: Redação Terra
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