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Zimbábue proíbe caça para evitar casos como como o do leão Cecil

2 ago 2015 - 08h38
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O Zimbábue anunciou hoje (1º) restrições imediatas à caça de grandes animais, como leões, elefantes e leopardos, perto da reserva ambiental Hwange. A partir de agora, a caça só será permitida com autorização especial por escrito e com a presença de funcionários do parque. "A matança ilegal do leão Cecil fora do Parque Nacional de Hwange mostrou a necessidade de reforçar ainda mais as regulamentações sobre a caça em todas as áreas que fazem fronteira com o parque", informou a autoridade dos Parques Nacionais do Zimbábue (ZPWMA).

O leão Cecil era um macho dominante na reserva e ficou conhecido pela juba negra. O animal fazia parte de uma investigação científica sobre a longevidade dos leões realizada pela Universidade Britânica de Oxford, usando um colar com rádio transmissor. Na sexta-feira (31), a ministra do Ambiente do Zimbábue, Oppah Muchinguri, pediu a extradição do norte-americano Walter Palmer pela morte do leão Cecil, animal de uma espécie protegida no país e uma das principais atrações do Parque Hwange. “Infelizmente, foi tarde demais para prender o caçador estrangeiro, porque já tinha fugido para o seu país de origem” antes de o escândalo estourar, comentou a ministra. Segundo ela, “as investigações realizadas até ao momento mostram que esta caça furtiva foi muito bem organizada e bem financiada”.

De acordo com uma organização não-governamental do Zimbábue, o leão foi atraído no início de julho para fora da reserva de Hwange. O animal foi atingido por um flecha e agonizou por 40 horas até ser morto a tiro. O caçador norte-americano, muito criticado nas redes sociais e por organizações de defesa dos animais, defendeu-se por um comunicado dizendo que fez a caçada de boa-fé, não sabia que era ilegal e lamentou o ocorrido, sem dar mais detalhes sobre o caso. As autoridades norte-americanas abriram um inquérito para investigar o ocorrido.

O tribunal de Hwange também apresentou acusações contra o responsável local pela caçada, Theo Bronkhorst. O caçador profissional foi acusado de “não impedir a caça ilegal” e foi colocado em liberdade vigiada antes do início do julgamento, marcado para o próximo dia 05 de agosto. O dono da propriedade onde o leão foi caçado, Honest Ndlovu, provavelmente será acusado na próxima semana.

Agência Brasil Agência Brasil
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