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Mundo

Washington aconselha norte-americanos a abandonar o Egito

15 ago 2013 - 19h51
(atualizado às 19h52)
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O Departamento de Estado do Estados Unidos aconselhou hoje (15) os cidadãos norte-americanos a abandonar o Egito, onde a onda de violência, que se agravou ontem (14), já provocou a morte de mais de 500 pessoas. O governo americano recomendou também que seus cidadãos não viajem para o Egito.

"O Departamento de Estado alerta os cidadãos dos Estados Unidos [que têm] de comunicar a sua viagem ao Egito, e os [cidadãos] que já lá estão [que] saiam neste momento, por causa da agitação social e política", diz comunicado da Divisão Consular do órgão do governo americano.

Os cidadãos norte-americanos que residirem no Egito e "quiserem abandonar [o país] devem preparar-se e fazê-lo quanto antes", acrescenta o comunicado.

O governo dos Estados Unidos diz ainda que não está prevista a retirada de seus cidadãos do país africano em aviões fretados pelo governo.

Já a Embaixada dos EUA no Cairo, que funciona com um mínimo de funcionários e diplomatas desde o golpe de Estado que depôs o presidente eleito Mohamed Morsi, no dia 3 de julho, recomenda que os cidadãos americanos que optarem por permanecer no Egito a "cumprir as diretivas" do estado de emergência decretado ontem pelas autoridades egípcias.

O comunicado de Washington é divulgado um dia depois de a onda de violência de ontem no Egito ter causado pelo menos 525 mortes, segundo informações de hoje do Ministério da Saúde. Entre os mortos, cerca de 200 são manifestantes do campo de Rabaa al-Adawiya, no Cairo, e 43 agentes policiais de todo o país, informou o ministério.

A violência no Egito foi desencadeada após as forças de segurança invadirem acampamentos de protesto pró-Morsi, o presidente destituído há cerca de um mês e meio e, desde então, detido pelo Exército.

Agência Brasil Agência Brasil
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