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Vítimas do tufão e pobres das Filipinas estão na agenda do papa

9 jan 2015 - 18h11
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A visita do papa Francisco às Filipinas voltará a ser uma ocasião para se aproximar dos mais desfavorecidos quando se reunir com os sobreviventes do tufão Haiyan, que em novembro de 2013 assolou o país, e com as famílias mais pobres.

O papa visitará o país em uma viagem que começará no Sri Lanka, desde onde chegará às Filipinas e que durará uma semana, entre 12 e 19 de janeiro.

"A visita pastoral do papa Francisco será sem dúvida, uma bênção para todos nós, especialmente para os pobres, para os sobreviventes dos desastres naturais e para as vítimas de vários tipos de injustiças", segundo o arcebispo de Manila, o cardeal Luis Antonio Tagle.

O cardeal se expressou assim em carta enviada à Agência de informação "Fides", que pertence ao Pontifício Conselho para as Missões.

Há algumas semanas, Tagle se encarregou pessoalmente de entregar a Francisco cerca de mil de cartas de meninos de rua amparados na Fundação "Tulay ng Kabataan", que se ocupa de salvar menores de Manila de uma vida que com frequência acaba na droga, prostituição ou mendicidade.

Mas, além da viagem a uma das "periferias do mundo", como chama o pontífice argentino, Francisco terá chance de visitar um dos países com o maior número de católicos, 80% de seus quase 99 milhões de habitantes, e onde se respira um importante fervor religioso.

Toda uma geração de filipinos está esperando a chegada de um papa. A última vez que um pontífice viajou para Manila foi a visita de João Paulo II em 1995 para realizar uma Jornada Mundial da Juventude, que concentrou o maior número de jovens na história deste evento, com mais de 5 milhões de meninos e meninas procedentes de todo o mundo.

Francisco chegará às Filipinas na sexta-feira, 16 de janeiro, após três dias no Sri Lanka e, após o encontro com as autoridades e o corpo diplomático, irá à catedral da Imaculada Conceição de Manila para celebrar a Santa Missa com os bispos, sacerdotes, religiosas e religiosos.

O arcebispo de Manila antecipou que durante a visita do papa, será feito um "pedido de perdão" que será pronunciado pelos bispos e religiosos "pelos erros cometidos como guias da igreja".

O pontífice dedicará o dia de sábado a visitar Tacloban, que ficou praticamente destruída pela passagem do tufão Haiyan.

Um tufão no qual morreram 6,3 mil pessoas e mil ainda continuam desaparecidas e que afetou mais de 14,5 milhões de pessoas em seis regiões e 44 províncias.

O papa almoçará na residência do arcebispo de Pau com sobreviventes dessa catástrofe.

Francisco inaugurará o "Centro papa Francisco para os pobres" em Pau, um complexo que deu cubro a órfãos, idosos e doentes, que tem uma residência, uma clínica, e um orfanato e que foi financiado em parte pelo Pontifício Conselho "Cor Unum", que se encarrega de tramitar as doações do pontífice.

No domingo 18, seu último dia nas Filipinas, o papa terá um breve encontro com os líderes religiosos na Universidade Santo Tomás de Manila.

Depois, Francisco realizará os dois encontros mais esperados, como o ato com os jovens no campo de esportes de uma Universidade, onde serão lembrados os 20 anos da JMJ e durante a tarde, a missa no Rizal Park de Manila.

EFE   
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