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Mundo

Scotland Yard processa mais de 1 mil suspeitos pelos distúrbios

17 ago 2011 - 09h49
(atualizado às 10h33)
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A Scotland Yard (Polícia Metropolitana de Londres) acusou formalmente 1.005 suspeitos pelo envolvimento nos graves distúrbios registrados em Londres na semana passada, informou nesta quarta-feira.

Homem de moletom com capuz aparece nas imagens de câmeras de segurança no bairro West Norwood, em Londres. Segundo a polícia, ele é suspeito de envolvimento em um roubo
Homem de moletom com capuz aparece nas imagens de câmeras de segurança no bairro West Norwood, em Londres. Segundo a polícia, ele é suspeito de envolvimento em um roubo
Foto: Metropolitan Police / Divulgação

Em comunicado, o comissário interino da Polícia Metropolitana, Tim Godwin, indicou, nesta quarta-feira que o elevado número de processados por participação nos delitos na capital atingiu "um marco significativo", depois das 1.733 detenções em Londres.

"As investigações continuam para encontrar todos os responsáveis pela violência vergonhosa da semana passada", disse o policial. Godwin elogiou o "grande trabalho" feito pelos agentes dia e noite "na busca de provas que permitiram as detenções", assim como "a resposta da população para fornecer informação, que foi fantástica".

Os distúrbios começaram no dia 6 de agosto, no bairro de Tottenham, em Londres, quando um pequeno protesto pela morte de um homem pela Polícia derivou aos graves distúrbios, que se propagaram para outros bairros da capital e outras cidades inglesas.

A ministra do Interior, Theresa May, e o vice-primeiro-ministro, Nick Clegg, anunciaram na terça-feira novas medidas para evitar a repetição dos distúrbios como os que aconteceram entre os dias 6 e 10 de agosto.

May centrou-se nos novos poderes e nas necessidades da Polícia para atuar com mais firmeza do que nos primeiros dias da violência, enquanto Clegg falou sobre um "sistema de penalização aos arruaceiros, que obrigará alguns processados a se retratarem diante das vítimas e reparar, vestidos de roupas na cor laranja, as ruas destruídas.

Violência no Reino Unido

No início da noite de sábado, 6 de agosto, manifestantes iniciaram protestos em Nottingham, no norte de Londres, motivados pelo assassinato de um homem de 29 anos e pai de família, dois dias antes, pela polícia. Os protestos logo se desenvolveram em uma onda de violência que se arrastou noite adentro, quando grupos depredaram lojas e incendiaram carros, dando início ao pior episódio de violência urbana da história recente londrina.

Os tumultos diminuíram na manhã de domingo, mas ganharam nova força nos dias seguintes, irradiando para diversos bairros londrinos e até mesmo para outras cidades, como Manchester, Liverpool e Birmingham. A intensidade da violência levou centenas de policiais às ruas para conter os levantes. O premiê britânico, David Cameron, e o prefeito de Londres, Boris Johson, condenaram os tumultos, pelos quais mais de mil pessoas foram presas. Na madrugada de quarta-feira, outras três pessoas perderam a vida atropeladas em Birmingham e, na sexta-feira, Richard Mannington Bowes, 68 anos, que estava em estado crítico depois de ser ferido na noite de segunda, não resistiu e morreu no hospital, elevando para cinco o número de vítimas desde o início da onda de violência.

EFE   
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