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Irlandesa agredida vira símbolo contra violência doméstica

O vídeo gravado pela jovem atraiu atenção internacional e já foi assistido mais de 9 milhões de vezes

10 jul 2015 - 08h01
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Emma denunciou marido por agressão; ele nega violência
Emma denunciou marido por agressão; ele nega violência
Foto: Reprodução / BBC News Brasil

Um vídeo emocionado de uma irlandesa sobre violência doméstica atraiu atenção internacional e já foi assistido mais de 9 milhões de vezes.

Emma Murphy, de 26 anos, mãe de dois filhos, publicou o vídeo no Facebook "para inspirar outras mulheres no mundo". Na legenda do vídeo, escreveu ter "pensado longa e duramente" antes de compartilhá-lo. "Este é um momento difícil para mim, mas tenho que fazer o que é CERTO."

No vídeo, Emma, que é de Dublin, aparece com um olho roxo e emocionada. Ela detalha o relacionamento que tem com seu parceiro, que descreve como "o amor de sua vida" e pai de seus filhos.

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Ela diz ter sido agredida após ter acusado seu parceiro de traição. Emma fala também de um incidente anterior de agressão doméstica, e afirma ter tido um parto prematuro após descobrir que seu parceiro havia engravidado outra mulher.

Segundo a imprensa, o parceiro de Emma admitiu ter sido infiel e tê-la empurrado durante uma discussão. Mas nega tê-la agredido.

"Eu a empurrei, não bati nela", disse ela ao jornal Irish Sun. "Foi apenas a força. Sei que ninguém vai acreditar em mim, mas não sou uma pessoa violenta. Eu nunca quis machucar ninguém", disse.

Emma teria denunciado o incidente à polícia irlandesa na última sexta-feira e publicado o vídeo no Facebook na segunda-feira.

A gravação já foi assistida 9 milhões de vezes e gerou uma forte reação. Milhares de pessoas deixaram mensagens de apoio e muitas compartilharam histórias de violência doméstica.

"Tendo passado por coisa similar, tiro meu chapéu para essa menina", disse uma internauta no Facebook.

Outra disse: "Tenho 35 anos e cresci com um pai violento que chutava minha mãe, eu e minha irmã por vários anos, abuso físico e emocional."

"Ainda tenho pesadelos e acordo pensando que meu pai está me batendo - demorou 11 anos para a minha mãe fazer o que você fez... mas era uma época diferente - então minha mãe foi realmente corajosa em fazer o que fez naquela época - assim como você - que mulher corajosa você é."

As pessoas também discutiram se as redes sociais são a melhor forma de se abordar casos de violência doméstica. "Não sei como me sinto sobre este vídeo. Há dois lados para toda história. Não no Facebook", disse um comentário.

Mas outros defenderam a decisão. "Isso é para gerar conhecimento", disse um. "Se esse vídeo der coragem a uma mulher para deixar um relacionamento abusivo então é mais do que válido."

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