Veja como foi a semana no mundo, de 25 a 31 de maio
Sábado
A capital da Suécia voltou a registrar nova noite de distúrbios provocados pela morte de um morador. Foram seis madrugadas com tumultos e danos aos patrimônios público e privado. No sábado, a intensidade dos incidentes diminuiu, mas também se disseminou por outras cidades da periferia de Estocolmo.
Os líderes africanos celebraram em Addis Abeba, a capital da Etiópia, os 50 anos os esforços pela unidade do continente. Em 25 de maio de 1963, foi criada a primeira instituição pan-africana, criada por 32 chefes de Estado que levaria posteriormente à atual União Africana, dotada desde 2002 de instituições mais ambiciosas. "Os pais fundadores se comprometeram em formar a Organização da Unidade Africana no alvorecer da independência, há 50 anos, e é conveniente que nos encontremos hoje, no momento em que a África se recupera", declarou o primeiro-ministro etíope Hailemariam Desalegn.
Segunda-feira
Os ministros europeus de Relações Exteriores decidiram suspender o embargo de armas sobre as forças de oposição ao regime sírio de Bashar al-Assad e manter as sanções contra o regime de Assad. "Apesar de não termos um plano imediato para enviar armas à Síria, (a suspensão do embargo) nos proporciona a flexibilidade para fazê-lo no futuro diante de um agravamento da situação", declarou o chanceler britânico William Hague ao final da reunião, em Bruxelas.
O anúncio preparou terreno para uma semana tumultuosa da guerra civil do país árabe. Em solo sírio, a cidade de Qusair seguiu em disputa entre rebeldes e soldados do Exército e do Hezbollah. Enquanto isso, o senador americano John McCain viajou à Síria para se encontrar com algumas horas com um líder rebelde. No pano de fundo, seguem as tratativas para o encontro de paz de Genebra II. Na quarta, o governo sírio acenou que pretende participar do encontro "sem precondições".
Ainda na segunda-feira, as autoridades do Chile decretaram alerta vermelho e evacuação preventiva de mais de duas mil pessoas ameaçadas pela possível erupção do vulcão Copahue, localizado próximo à fronteira entre o Chile e a Argentina. Na terça, a Argentina decretou estado de alerta na província de Neuquén. Em dezembro do ano passado, o Chile decretaram alerta máximo.
Terça-feira
Um alerta de tornado foi emitido feira para os Estados do Meio Oeste dos Estados Unidos, afetando dezenas de condados de Kansas, Missouri, Iowa e Nebraska, disse o Serviço Meteorológico Nacional. O alerta ocorre na semana seguinte à passagem devastadora de um tornado pelo Estado do Oklahoma. O tornado foi um dos mais fortes em anos, causando danos e destruindo 1.200 residências e afetando 33 mil pessoas.
Quarta-feira
Dois franceses se tornaram os primeiros homossexuais a se casar na França em uma cerimônia realizada nesta quarta-feira na prefeitura de Montepellier, no sudeste do país. A união se tornou possível após a promulgação de uma lei no dia 18 de maio. A medida ainda desperta muitas divisões no país, que viveu novos protestos contra a união homossexual no fim de semana.
Quinta-feira
O presidente da Síria, Bashar al-Assad voltou a garantir que não renunciará a seus poderes, como exige a oposição, e, que se o povo desejar, se apresentará à reeleição em 2014. Em entrevista transmitida hoje pela televisão libanesa Al- Manar, Assad rejeitou a abordagem da oposição e seus aliados de "um governo interino com um presidente que não desempenhe nenhum papel", um dos assuntos que serão tratados na Conferência de Genebra, que, segundo o presidente, tem "uma grande probabilidade de fracassar". Sobre o envolvimento do grupo libanês Hezbollah no conflito, assegurou que os milicianos deste movimento xiita não estão ali para defender ao regime sírio, mas para lutar contra "o inimigo e seus agentes na Síria e o Líbano". Nesse sentido, explicou que os combates na cidade de Al Qusair - alvo de uma ofensiva do regime e do Hezbollah - estão "relacionados com Israel, cujo objetivo é sufocar a resistência por terra e mar".
Sexta-feira
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que o colega colombiano Juan Manuel Santos "apunhalou a Venezuela pelas costas" ao se reunir com o líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, e afirmou que vai avaliar "todas as relações" com o país vizinho. "Duvido da sinceridade do presidente Santos, quando apunhala a Venezuela pelas costas", disse Maduro em um ato transmitido pela rede de televisão oficial. Maduro, que demonstrou raiva durante seu discurso, lamentou que "a oligarquia e o poder político da Colômbia tenham se unido para ignorar o governo legítimo da Venezuela". O presidente também disse ter "informações precisas" sobre uma reunião entre a oposição venezuelana, o assessor político JJ Rendón e o ex-presidente colombiano Alvaro Uribe para planejar um "plano perfeito" para derrubá-lo, e acrescentou que Santos "se dispôs a jogar".