Veja como foi a semana no mundo, de 13 a 19 de julho
Domingo
Rebeldes do movimento M23 e do Exército entram em confronto perto de Goma, capital da República Democrática do Congo, no recrudescimento das tensões internas do país abalado pela guerra. Até o início da semana, ao menos 130 pessoas haviam morrido - 120 rebeldes e 10 soldados. O M23 que chegou a ocupar Goma durante dez dias em novembro de 2012, mas deixou a cidade sob pressão dos países da região em troca de negociações com o governo.
Segunda-feira
Índia: quase 6 mil pessoas desaparecidas após inundações que afetaram o norte do país em junho são consideradas mortas. "No total, 5.748 pessoas continuam desaparecidas e o processo de compensação financeira para as famílias começará na terça-feira, por considerarmos que faleceram", afirmou Vijay Bahuguna, chefe de governo de Uttarakhand, o Estado mais afetado.
Após duas semanas de mal-estar diplomático, a Espanha envia pedido formal de desculpas à Bolívia pelo incidente com o avião do presidente Evo Morales. Um dia depois e em gesto similar, Itália e Portugal oferecem "explicações" pelo caso. No início de julho, Morales voltava de avião da Rússia quando teve sobrevoo proibido nas zonas de Portugal, Espanha, França e Itália por suspeitas de que Edward Snowden estivesse a bordo. A suspeita não se confirmou.
Terça-feira
No Panamá, as autoridades retêm em Colón, no litoral do Caribe, um navio de bandeira norte-coreana com uma carga de açúcar procedente de Cuba na qual armas de guerra foram encontradas. O presidente panamenho, que pediu às autoridades do porto de Manzanillo averiguarem o fato, confirmou que se trata de "material bélico e balístico".
Ao menos 25 crianças morrem e dezenas ficam contaminadas depois de comer merenda intoxicada em sua escola no leste da Índia. A polícia disse que as crianças, com idades entre 4 e 12 anos, adoeceram depois de receber almoço à base de arroz, soja e feijão. "Nós achamos que algum tipo de inseticida foi acidentalmente ou intencionalmente misturado à comida, mas isso será esclarecido por meio de investigações", disse R.K. Singh, superintendente médico no hospital infantil da capital do Estado, Putna.
Na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro se casa com sua mulher, Cilia Flores, em cerimônia privada e celebrada pelo prefeito de Caracas, Jorge Rodríguez, para "legalizar" a relação que tinham há anos.
Quarta-feira
A rainha Elizabeth II aprova o casamento gay no Reino Unido. depois de sua aprovação na Câmara do Lordes e na Câmara dos Comuns. "É um momento histórico, que repercutirá na vida de muitas pessoas. Estou muito orgulhosa que o tenhamos tornado possível", afirmou a ministra da Cultura, Maria Miller, cuja pasta elaborou o texto. Para os britânicos, a mudança é principalmente simbólica, porque os casais gays têm os mesmos direitos de paternidade que os heterossexuais e podem adotar, recorrer à procriação medicamente assistiada e a uma mãe de aluguel, desde que não seja remunerada.
Quinta-feira
Internado há mais de um mês em Pretória por conta de um grave quadro respiratório, o líder e ex-presidente sul-africano, Nelson Mandela, completa 95 anos. "Está fazendo progressos notáveis", disse Zindzi Mandela à emissora de televisão britânica Sky News. "(Mandela) deu um sorriso enorme, e está respondendo muito bem com os olhos e mexendo com a cabeça. Às vezes, levanta as mãos", completou ela, em meio a homenagens a Mandela no país e em todo mundo.
Sexta-feira
Após uma semana tensão e debates nos Estados Unidos sobre a decisão do júri que absolveu o vigia George Zimmerman pela morte do jovem negro Trayvon Martin, o presidente Barack Obama vem a público para questionar as leis americanas que permitiram o rumo do caso. "Trayvon Martin poderia ter sido eu, há 35 anos", afirmou Obama. Na terça, o procurador-geral Eric Holder já havia defendido a revisão das leis que permitem o uso de força letal sob o conceito de legítima defesa. "É o momento de se questionar as leis que, insensatamente, ampliam o conceito de legítima defesa e aumentam o risco de conflito em nossos bairros", disse Holder.