Veja a semana no mundo em fotos, de 29 de setembro a 5 de outubro

No sábado, Paolo Gabriele (sentado à dir.), ex-mordomo do papa Bento XVI, começou a ser julgado no Vaticano pelas acusações de roubo de documentos confidenciais. Na terça-feira, Gabriele se declarou inocente da acusação de roubo, mas culpado por "trair" o Papa. Ele pode ser condenado a até quatro anos de prisão por ter roubado e copiado dezenas de documentos confidenciais do Papa e seus colaboradores e repassado esses dados ao jornalista Gianluigi Nuzzi, que os usou no livro Sua Sanità

Ainda no sábado, o número de militares Americanos mortos no Afeganistão chegou a 2 mil desde a invasão do país pelas tropas, em 2001. Os ataques promovidos por membros das forças do Afeganistão vêm aumentando neste ano e já levaram as forças da coalizão internacional a suspender operações conjuntas com as forças afegãs neste mês. Segundo o Pentágono, as operações conjuntas haviam sido retomadas apenas há alguns dias

No domingo, o presidente de Mianmar, Thein Sein, afirmou que não se oporia se a líder oposicionista Aung San Suu Kyi viesse a ocupar seu cargo, caso essa seja a vontade do povo. "Isso depende do povo. Se o povo aceitar (Suu Kyi), ela deveria aceitar. Trabalhamos juntos agora, não há problemas entre nós", declarou o chefe de Estado em uma entrevista à BBC

Na segunda-feira, o historiador Eric Hobsbawm, um dos mais importantes do século XX, morreu aos 95 anos, em Londres. Hobsbawm tinha pneumonia e estava internado no hospital Royal Free. O historiador, famoso por suas ideias marxistas, escreveu quatro volumes (A Era das Revoluções, A Era do Capital, A Era dos Impérios e A Era dos Extremos) considerados definitivos sobre a história dos séculos XIX e XX, além de outras obras

No mesmo dia, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou que possuía um tumor cancerígeno na próstata. Na quarta-feira, Santos passou por uma cirurgia de remoção do câncer, que os médicos afirmaram ter sido "bem sucedida e sem complicações". Pelo Twitter, o presidente, de 61 anos, afirmou que estava se recuperando "satisfatoriamente" da operação. "Estamos muito agradecidos, minha família e eu, por todo o seu apoio", escreveu Santos

Na terça-feira, o presidente sírio, Bashar al-Assad, visitou a cidade de Aleppo e ordenou o envio de mais 30 mil tropas para a batalha entre forças do governo e rebeldes. "O presidente Assad ordenou que as unidades 5 e 6, estimadas em 30 mil soldados e 2 mil carregadores, se desloquem de Hama para Aleppo e ataquem quaisquer áreas ocupadas de Aleppo a partir da fronteira com a Turquia", disse o jornal libanês Al-Diyar. A oposição diz que 30 mil pessoas foram mortas nos 18 meses de rvolta

No mesmo dia, a Procuradoria de Lille arquivou a investigação preliminar aberta por estupro contra Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI). O inquérito era baseado no depoimento de uma jovem que havia participado de uma das festas secretas que Strauss-Kahn teria frequentado em um hotel de Washington em 2010. A jovem deu novas declarações e qualificou os fatos de simples "jogo sexual", o que provocou o fechamento do caso

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, chamou na terça-feira de "insultante" a conduta do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Assembleia Geral da ONU, nos EUA. Na semana anterior, Netanyahu havia afirmado que o Irã poderá ter uma arma nuclear em breve, e que já é "tarde, muito tarde" para deter a ameaça do país persa ao mundo. Ahmadinejad disse que "é possível que o inimigo (em alusão a Israel) queira atacar a qualquer dia, mas isso não significa que seja certo quevá atacar"

Na quarta-feira, várias explosões mataram pelo menos 48 pessoas no centro da cidade de Aleppo, na Síria. Os mortos eram, em sua maioria, soldados do exército do presidente Bashar al-Assad. Dois carros-bomba explodiram em um intervalo de um minuto em duas ruas próximas a um clube de oficiais militares, que fica perto da famosa praça Sadala al-Khabiri, no coração de Aleppo. Um terceiro carro-bomba explodiu a 150 metros da praça

No mesmo dia, um morteiro disparado da Síria caiu em um bairro residencial da cidade turca de Akcakale e atingiu uma casa, matando cinco pessoas de uma família - uma mulher e quatro crianças. O incidente gerou revolta entre os moradores, que cobraram ações das autoridades. Um dia depois, o Parlamento turco aprovou o envio de tropas à Síria em até um ano, em resposta ao ataque

Ainda na quarta-feira, os candidatos à presidência dos EUA se enfrentaram no primeiro debate, em Denver, no Colorado. O republicano Mitt Romney partiu para o ataque contra o presidente Barack Obama, candidato à reeleição, que preferiu uma tímida moderação a um embate direto. Assuntos econômicos foram os mais abordados no debate. No dia seguinte, pesquisas indicaram que Romney "venceu" o debate

Na quinta-feira, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, encerrou sua campanha à reeleição com um comício sob chuva em Caracas. Chávez pediu uma "avalanche de votos" no domingo, defendeu as políticas sociais que reduziram a desigualdade e reconheceu erros do seu governo. O principal opositor de Chávez, Henrique Capriles, também encerrou a campanha com um comício, mas em San Fernando de Apure. Ele pediu aos venezuelanos que "deixem de lado a divisão"

Na sexta-feira, a blogueira dissidente cubana Yoani Sánchez foi detida em Bayamo, no leste do país, onde acompanhava o julgamento do político espanhol Angel Carromero, acusado de homicídio involuntário no acidente que matou o opositor Oswaldo Payá. De acordo com os blogueiros oficialistas, Sánchez foi detida ao lado do marido, o jornalista de oposição Reynaldo Escobar