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Mundo

União Africana condena tentativa de golpe de Estado no Chade

3 mai 2013 - 13h04
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A União Africana (UA) condenou nesta sexta-feira a tentativa de golde de Estado denunciado nesta semana pelo Governo do Chade e reafirmou sua "rejeição total" ao uso da violência armada para conseguir objetivos políticos.

Em comunicado emitido desde a sede da organização pan-africana em Adis-Abeba, a presidente da Comissão da UA, Nkosazana Dlamini Zuma, expressou sua "profunda preocupação com relação à tentativa de desestabilizar as instituições chadianas".

Zuma condenou "categoricamente" a tentativa, que ocorreu "quando Chade está fazendo esforços sustentados para promover seu desenvolvimento socioeconômico e facilitar o diálogo político", a fim de "intensificar o processo democrático".

A presidente ressaltou seu apoio ao Executivo do Chade e lembrou que a UA se opõem a qualquer "mudança inconstitucional do Governo".

Na quarta-feira passada, as autoridades chadianas denunciaram em comunicado uma tentativa de golpe de Estado por parte de um grupo de indivíduos que "trataram de desestabilizar as instituições democráticas da República".

Segundo o texto, os principais autores da tentativa golpista foram detidos e a "situação está sob controle".

O presidente do Chade, Idriss Déby, líder do Movimetno Patriótico de Salvação, dirige o país desde 1990, quando derrubou seu antigo aliado, o ditador Hissène Habré, exilado no Senegal e que aguarda um julgamento por crimes contra a humanidade.

Seis anos mais tarde, nas primeiras eleições pluralistas do Chade, Déby foi eleito presidente e voltou em vencer nas urnas em 2001 e em 2006.

Atualmente, o chefe de Estado exerce seu quarto mandato, após ganhar as eleições de abril de 2011 com mais de 88% dos votos, em pleito que foi boicotado pela oposição, que o qualificou de fraudulento.

O Chade desempenhou um papel internacional destacado nos últimos meses com o envio de 2 mil soldados à missão de apoio internacional a Mali (AFISMA, por sua sigla em inglês) para lutar contra os grupos extremistas no norte do país.

EFE   
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