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Mundo

Uma enorme rede pública a serviço da harmonia mundial

23 jun 2015 - 16h20
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Dezenas de milhares de pessoas trabalham diariamente para as Nações Unidas, que há 70 anos constrói uma ampla rede responsável por um leque de funções que vão desde a paz mundial até a promoção da ioga.

Criado pela Carta das Nações Unidas, assinada em 26 de junho de 1945 em San Francisco (EUA), o sistema das Nações Unidas nasceu realmente em 24 de outubro do mesmo ano, quando o documento de fundação foi ratificado pela maioria dos estados signatários.

Desde então, o Sistema das Nações Unidas se expandiu, passando a contar com dezenas de programas, fundos específicos e agências especializadas, que abrangem praticamente todas as atividades humanas e sua relação com a natureza.

A ONU foi criada depois da Segunda Guerra Mundial "para preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra", afirmou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em uma de seus recentes menções ao papel das Nações Unidas nestas sete décadas.

"Temos que reconhecer que essa visão de nossos pais fundadores das Nações Unidas não foi realizada plenamente. O genocídio continua. Os conflitos armados ainda acontecem em muitas partes do mundo".

Segundo Ban Ki-moon, "o panorama da segurança é cada vez mais complexo, porque os múltiplos atores estão no campo de batalha, mas outros muitos operam por trás das cenas".

Personalidades como o secretário de Estado de Relações Exteriores da Espanha, Ignacio Ybáñez, acreditam que "a carta de fundação da ONU está plenamente em vigor, embora, como toda instituição que completa 70 anos, também tenha aspectos a melhorar".

"Os princípios da carta continuam plenamente em vigor", disse Ybáñez à Efe.

A segurança continua sendo a principal preocupação do sistema das Nações Unidas, e desde que os "boinas azuis" começaram a se organizar, em 1948, foram dezenas as missões distribuídas no mundo todo, a última na República Centro-Africana.

Atualmente há 16 operações de paz funcionando em três continentes. Delas, nove estão na África, três no Oriente Médio, uma na Ásia, duas na Europa e uma no Caribe.

Se no passado a ONU foi acusada de ser uma "fábrica de papel" com escritórios dispersos por todo o mundo, se for levada em conta a distribuição do pessoal que trabalha para a organização essa crítica está distante da realidade.

De acordo com os dados mais recentes, para todo o sistema das Nações Unidas, que inclui os dependentes da Secretaria e entidades anexas, trabalham atualmente 75 mil pessoas.

Dos cerca de 41 mil funcionários vinculados à Secretaria, que incluem agências especializadas como a Unesco e programas como o do Unicef, 19,1% estão alocados em duas missões de paz, a de Darfur (Sudão) e a da República Democrática do Congo (RDC)

Só em Darfur, em uma missão conjunta com a União Africana, a ONU tem 3.990 pessoas, e na RDC há 3.922 empregados cumprindo funções nesse atormentado país do centro da África.

São números grandes se comparados, por exemplo, com as 6.420 pessoas que trabalham para a ONU em Nova York, onde a organização outros programas têm sede central, e os 3.462 empregados que trabalham em Genebra.

Mais, 7,47% das pessoas que trabalham para as Nações Unidas no mundo todo são sudaneses e 7,37% cidadãos da RDC, contra 6,3% de nacionalidade americana.

Em Nova York, no edifício emblemático das Nações Unidas, funcionam seus dois órgãos mais representativos, o Conselho de Segurança e a Assembleia Geral, mas suas sedes em Genebra, em Nairóbi e em Viena são igualmente importantes.

Nestes 70 anos de vida, o Sistema das Nações Unidas se transformou em um árbitro mundial aceito atualmente por 193 estados, com funções como as da Corte Internacional de Justiça e do Tribunal Penal Internacional que são fundamentais e estratégicas para a harmonia mundial.

Mas da organização dependem outros programas ou agências muito menos conhecidas, como a Organização Marítima Internacional (OMI) e a União Postal Universal (UPU).

São áreas tão diversas que podem ser refletidas, por exemplo, nos dias internacionais que a ONU promove, 129 no total, que servem para chamar a atenção sobre diversos assuntos, desde a proteção dos direitos da mulher até o dia da migração das aves.

Um dos últimos a se somar à lista é o Dia Internacional da Ioga, comemorado em 21 de junho, já que a ONU acredita que o homem não só deve viver em paz e em harmonia, mas, como diz a resolução aprovada a respeito, deve se inclinar para estilos de vida "que não incluam excessos de nenhum tipo".

EFE   
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