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Turquia pede ajuda internacional para receber refugiados da Síria e do Iraque

30 set 2015 - 16h20
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O primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, pediu nesta quarta-feira o apoio da comunidade internacional para receber os milhões de refugiados sírios que chegam ao país e reiterou a necessidade da criação de zonas seguras dentro da Síria, livres de ataques armados e bombardeios.

"Essa tragédia não terminará até que o povo da Síria tenha um governo legítimo que represente verdadeiramente sua vontade", afirmou Davutoglu em seu discurso na Assembleia-Geral da ONU.

O primeiro-ministro lembrou que 4 milhões de sírios deixaram o país escapando da guerra entre o regime de Bashar al Assad, a oposição moderada e os grupos extremistas islâmicos.

Eles se uniram aos imigrantes vindos do Iraque, um fluxo também provocado pelas ações do Estado Islâmico (EI), de tal forma que hoje 2 milhões de sírios e 200 mil iraquianos vivem na Turquia.

"A Turquia recebe agora o maior número de refugiados no mundo", reiterou o primeiro-ministro.

Essa quantidade de refugiados obrigou o governo turco a destinar quase US$ 8 bilhões para prestar assistência a todos, enquanto as contribuições internacionais são "de apenas US$ 417 milhões".

Davutoglu pediu que, enquanto a chegada de refugiados não parar, a comunidade internacional atue rapidamente para "proporcionar segurança aos deslocados pelo conflito sírio em seu próprio país, em zonas seguras, livres de bombardeios aéreos do regime, dos ataques do EI e de outros grupos extremistas".

Desde julho, a Turquia vem pedindo ajuda à comunidade internacional para estabelecer regiões seguras na Síria. A ONU até agora fracassou na tentativa de criar uma zona livre de ações armadas na cidade de Aleppo e seus arredores.

Em seu discurso, o primeiro-ministro turco disse que 66 mil crianças sírias nasceram na Turquia desde o início do conflito no país vizinho, em 2011.

Além disso, estimou em 6 mil os imigrantes que morreram no Mar Mediterrâneo ao tentarem fugir dos conflitos do Oriente Médio e viajar até a Europa.

EFE   
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