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Tunisiano foi forçado a capitanear barco de imigrantes, diz irmão

26 abr 2015 - 10h14
(atualizado às 10h14)
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O homem da Tunísia acusado de pilotar um barco de imigrantes que naufragou ao largo da Líbia, matando mais de 700 pessoas, também é um migrante, que foi forçado sob a mira de uma arma a ser o capitão do navio devido à experiência como pescador, disse seu irmão neste sábado.

As autoridades italianas afirmam que o homem, chamado no tribunal como Mohammed Ali Malek, de 27 anos, estava no comando do barco de pesca superlotado que naufragou pouco antes da meia-noite no dia 18 de abril com centenas de africanos e migrantes de Bangladesh trancados abaixo do convés.

O irmão do acusado disse à Reuters que seu nome verdadeiro é

Nourredine Mahjoub e que ele tinha viajado clandestinamente para a Europa há cinco anos, passando um tempo na Itália e na França antes ser deportado. Ele havia retornado recentemente à Líbia em busca de trabalho.

"Meu irmão foi recrutado para trabalhar em um café na Líbia há algumas semanas, mas depois ele foi forçado sob ameaça por contrabandistas para pilotar a viagem, porque ele sabe um pouco sobre o mar e trabalhou com nosso pai pescando", disse por telefone o irmão, Makrem Mahjoub.

Ele afirmou que seu irmão havia telefonado de um número da Líbia alguns dias antes para dizer que havia sido ameaçado por homens com Kalashnikovs.

"Eles o levaram para o barco. Quando ele me ligou, ele estava em choque e chorando."

A informação não pôde ser verificada de forma independente. Makrem Mahjoub disse que seu irmão deu uma identidade falsa para as autoridades italianas, sem explicar o motivo.

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