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Mundo

Tremor mata ao menos 160 e deixa mais de 5.700 feridos na China

20 abr 2013 - 19h22
(atualizado às 19h38)
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Quase vinte horas após um forte terremoto de magnitude 6,6 ter atingido a província de Sichuan, no sudoeste da China, as autoridades locais atualizaram o número de mortos para ao menos 160 e confirmaram que mais de 5.700 pessoas ficaram feridas, enquanto os trabalhos de resgate e busca por corpos e sobreviventes continuam.

De Pequim, o governo chinês confimou os números mais recentes e disse que hospitais emergenciais estão sendo montados com barracas para atender os feridos.

Linhas de comunicação com a região ainda permanecem afetadas, e segundo o correspondente da BBC Damian Grammaticas, que está em Sichuan, mais de cem réplicas do tremor inicial já foram registradas.

A imprensa estatal chinesa indica que mais de 30 mil soldados e policiais foram enviados aos diversos vilarejos afetados para auxiliar nas operações após o terremoto que destruiu casas e escolas deixou vilas inteiras "em ruínas".

Danos infraestruturais, afetando pontes e estradas, além dos tremores secundários e deslizamentos de terra dificultam o acesso das equipes aos locais mais isolados. Mesmo assim, algumas pessoas já foram retiradas dos escombros com vida.

O novo primeiro-ministro da China, Li Keqiang, chegou à região afetada e destacou a urgência de agir nas primeiras 24 horas em tragédias deste tipo.

Antes de viajar, ele foi entrevistado pela agência de notícias estatal Xinhua, quando disse que "a questão mais urgente é conseguir agir nas primeiras 24 horas depois da ocorrência do tremor, o tempo ideal para salvar vidas".

Outro grande terremoto atingiu Sichuan em 2008 e causou pelo menos 90 mil mortes e deixou 5 milhões de pessoas desabrigadas.

Pouca profundidade

Especialistas afirmaram que o tremor ocorreu a apenas 12 quilômetros abaixo da superfície da terra, uma profundidade pequena que geralmente indica grandes danos.

Imagens aéreas de Lushan mostraram imagens de prédios que desabaram ou ficaram sem o telhado.

Não há energia elétrica, fornecimento de água ou telefones funcionando na região.

Na capital da província de Sichuan, Chengdu, distante 115 quilômetros do epicentro do tremor, os moradores sentiram o terremoto e saíram correndo para as ruas enrolados em cobertores.

Aaron Ozment, que mora na cidade, disse à BBC que ocorreu uma grande confusão na cidade.

"Joguei algumas roupas rapidamente (em uma mala) e corri para o pátio do complexo (onde moro). Fazer telefonemas era quase impossível, todo mundo estava tentando entrar em contato com todo mundo que conhecia", afirmou.

Os moradores da cidade mais próxima do epicentro, Ya'an, sentiram o terremoto principal e os tremores secundários, mas a cidade não parece ter sofrido danos mais graves.

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