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Telescópio Hubble supera expectativas e completa 25 anos

23 abr 2015 - 15h32
(atualizado às 15h32)
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A Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa) comemorou nesta quinta-feira os 25 anos de lançamento do Telescópio Espacial Hubble com fogos de artifício, e do tipo celestial, proporcionados pelo próprio observatório orbital.

Foto do planeta Júpiter com uma de suas luas, Ganymede, em divulgação da Nasa de 9 de abril de 2007 e obtida pela Reuters em 12 de março de 2015. Cientistas usaram o Telescópio Espacial Hubble para confirmar que a lua tem um oceano abaixo de sua superfície gelada.
Foto do planeta Júpiter com uma de suas luas, Ganymede, em divulgação da Nasa de 9 de abril de 2007 e obtida pela Reuters em 12 de março de 2015. Cientistas usaram o Telescópio Espacial Hubble para confirmar que a lua tem um oceano abaixo de sua superfície gelada.
Foto: NASA / Reuters

Para celebrar a estreia do Hubble no dia 24 de abril de 1990, a Nasa selecionou uma foto de um berçário estelar localizado a cerca de 20 mil anos-luz na constelação Carina.

“Esta realmente é uma semana empolgante para os astrônomos e as pessoas de todo o mundo que amam a astronomia”, disse Jennifer Wiseman, cientista do Hubble, em uma comemoração de aniversário televisionada do Newseum em Washington.

De sua órbita a 547 quilômetros da Terra, o olho penetrante do Hubble consegue distinguir estrelas específicas no aglomerado, que conta com cerca de três mil estrelas recém-nascidas. Com sua visão de infravermelho, o Hubble também consegue xeretar dentro de casulos de poeira e gás onde mais estrelas estão se formando.

Aprender sobre o ciclo de vida das estrelas foi uma das razões para a construção do telescópio. Por ele operar acima das distorções e dos efeitos bloqueadores da atmosfera terrestre, os astrônomos esperavam poder contemplar um passado mais distante, analisando gerações de estrelas e galáxias que se formaram mais perto do Big Bang, a explosão que teria dado início ao universo, cerca de 13,7 bilhões de anos atrás.

O esforço de desenvolvimento de 50 anos quase terminou após o lançamento do Hubble, quando a Nasa descobriu uma falha de construção no espelho de 2,4 metros de diâmetro do telescópio. Lentes corretivas, instaladas por astronautas durante uma caminhada espacial, resolveram o problema em 1993, a primeira de cinco manutenções realizadas por equipes do ônibus espacial.

“Nunca imaginamos que fosse durar tanto”, afirmou Charlie Bolden, dirigente da Nasa e ex-astronauta que pilotou a missão que lançou o Hubble.

A Nasa espera manter Hubble em operação até 2020, para coincidir com o seu sucessor, o Telescópio Espacial James Webb, que deve ser lançado em outubro de 2018.

(Por Irene Klotz)

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