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Tanzânia prende 225 curandeiros que mataram albinos para fazer bruxaria

12 mar 2015 - 14h53
(atualizado às 14h53)
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A polícia da Tanzânia prendeu 225 curandeiros acusados de matar pessoas albinas, comunidade que é marginalizada e vítima frequente de mutilações em rituais de bruxaria na África Ocidental.

As prisões dos bruxos aconteceram em várias regiões tanzanianas onde é comum o assassinato de albinos, informou a porta-voz da polícia, Advera Bulimba.

"Enviamos para julgamento 97 bruxos acusados de posse de diferentes elementos", disse a agente, sem detalhar a natureza do material apreendido.

Os albinos são frequentemente esquartejados em rituais de bruxaria porque existe a crença de que possuem poderes mágicos e algumas partes de seu corpo - incluindo ossos, cabelos, mas especialmente suas extremidades - são poderosos ingredientes para poções.

"Outros curandeiros foram detidos porque não tinham permissões legais", acrescentou.

Bulimba pediu que as instituições religiosas, o setor privado e a população "ajudem a conscientizar a sociedade da necessidade de deixar de crer nestas superstições para que os albinos estejam a salvo".

O governo da Tanzânia proibiu a bruxaria em janeiro diante do temor de que as eleições gerais deste ano desencadeassem uma onda de violência contra os albinos, que acredita-se têm poderes como o de dar vantagem para um candidato sobre outro.

Semana passada a ONU denunciou que os ataques e assassinatos de albinos aumentaram em vários países da África Ocidental, onde as pessoas que sofrem deste transtorno genético vivem cada vez mais atemorizadas, evitam sair de casa e as crianças são forçadas a abandonar a escola.

Segundo as ONGs que trabalham com albinos, proliferaram as redes de traficantes que atacam albinos e vendem o corpo ou o membro amputado para bruxaria.

Na Tanzânia, 17 pessoas declaradas culpados de assassinatos de albinos aguardam para serem executadas.

EFE   
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