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Suspeito de atentado na França teria ligação com corrente radical islâmica

26 jun 2015 - 12h11
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Autoridades francesas identificaram o suposto autor do atentado a uma fábrica de gás natural em Isère (sudeste da França), no qual uma pessoa morreu e duas ficaram feridas. Ele se chama Yassin Salhi, nasceu em 1980 em Pontarlier, na mesma região do ataque, é casado e pai de três filhos.

Yassin era conhecido dos serviços secretos franceses por radicalização religiosa e tinha ligações com o movimento salafista, corrente radical islâmica. Ele morava em Saint-Priest, um município da região metropolitana de Lyon.

O ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, afirmou que o terrorista foi neutralizado por um policial, que "teve muita coragem e sangue frio". Pelo menos um segundo homem foi detido. "Um veículo foi visto passando várias vezes diante da fábrica. O número da placa foi anotado e o dono foi identificado", afirmou uma fonte policial. A casa do homem foi revistada, mas não foi estabelecida nenhuma ligação com o atentado.

Conforme havia antecipado o presidente François Hollande, Cazeneuve confirmou que uma cabeça, coberta com inscrições em árabe, foi encontrada no local, pendurada em uma grade. A identidade da vítima ainda não foi estabelecida.

O atentado ocorreu às 10h no horário local (5h no horário de Brasília), na fábrica de gás da multinacional Air Products, segundo fontes judiciais. Hollande, que estava em Bruxelas, decidiu voltar a Paris e declarou que o Conselho de Segurança vai se reunir em caráter de urgência, no Palácio do Eliseu, às 15h30 (10h30 no horário de Brasília).

O primeiro-ministro francês Manuel Valls ordenou uma vigilância reforçada em todos os locais sensíveis da região de Lyon, segunda maior cidade da França e que abriga diversas instalações industriais.

O procurador da República de Paris, François Moulins, anunciou em um comunicado que a procuradoria antiterrorista do país abriu uma investigação para apurar o atentado, que ocorreu quase seis meses após os ataques islamitas que deixaram 17 mortos em Paris em janeiro e que começaram com um tiroteio na sede da revista satírica Charlie Hebdo.

Desde os atentados de janeiro, o governo colocou em andamento um drástico plano de vigilância antiterrorista no espaço público e o ministro do Interior repetiu, em várias ocasiões, que a ameaça na França continuava muito elevada.

Cazeneuve indicou, no início de junho, que foram identificadas 1.750 pessoas com algum tipo de envolvimento em grupos jihadistas. Ele disse ainda que, atualmente, 130 processos judiciais estão abertos envolvendo 650 pessoas ligadas ao terrorismo.

Agência Brasil Agência Brasil
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