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Síria terá uma semana para negociar fim de combates

12 fev 2016 - 08h15
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O encontro do grupo internacional de assistência à Síria em Munique, nesta quinta-feira (11), resultou em acordo sobre a necessidade de entrega de cargas humanitárias para o país no prazo de uma semana, bem como de determinar as possibilidades de cessar-fogo na república árabe.

O encontro do grupo internacional de assistência à Síria na capital da Bavária durou muitas horas. No final da reunião, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o enviado especial da ONU na Síria, Stefan de Mistura, realizaram coletiva de imprensa. O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, conversou com jornalistas em separado. O mais breve possível, dois grupos de trabalho iniciarão suas atividades: um será dedicado às questões de cessar-fogo, e outro aos assuntos humanitários.

Steinmeier informou que o encontro em Munique resultou em um acordo sobre início imediato dos esforços voltados para reduzir a violência na Síria e que, em uma semana, os combates devem ser encerrados. “Quando falamos no fim de combates, entendemos os combates entre o regime, de um lado, e partes da oposição, por outro”, destacou a autoridade alemã.

O ministro frisou que o Estado Islâmico e a Frente Al Nusra não serão contemplados por essa pausa, pois não deve ser dada a esses grupos a possibilidade de aumentar a influência na Síria.

Sergei Lavrov informou que os países do grupo de assistência à Síria concordaram em, no prazo de uma semana, preparar um estudo de modos para cessar-fogo na república árabe. “Neste tempo, o governo da Síria e os grupos de oposição poderão tomar medidas necessárias para se preparar o fim dos combates. Os modos [de cessar-fogo] serão preparados por um grupo de trabalho, sob a supervisão da Rússia e dos EUA.”

Após a reunião em Munique, Lavrov manifestou a necessidade de aprimorar os contatos entre os militares russos e norte-americanos na Síria. Segundo o ministro, o documento conjunto da reunião contempla, pela primeira vez, a coordenação militar na Síria, o que é muito bem-vindo pela Rússia. “Devo destacar que, pela primeira vez durante o nosso trabalho conjunto, o documento aprovado hoje determina a necessidade de cooperação e coordenação não só em assuntos políticos e humanitários, mas também na dimensão militar da crise síria. É uma mudança qualitativa de abordagem que nós saudamos. Sempre defendemos isso.”

O ministro russo destacou que, apesar dos planos de cessar os combates, a Rússia, bem como a coalizão liderada pelos Estados Unidos, seguirão combatendo os grupos terroristas Estado Islâmico e Frente Al Nusra na Síria.

Agência Brasil Agência Brasil
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