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Síria bloqueia ajuda a centenas de milhares e arrisca novo cerco a Aleppo, diz ONU

4 mai 2016 - 14h01
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O governo da Síria está se recusando a atender as exigências da Organização das Nações Unidas (ONU) para que entregue suprimentos de ajuda a centenas de milhares de pessoas, muitas em Aleppo, cidade que esteve no centro da erupção dos combates nas últimas duas semanas, disse o conselheiro humanitário da ONU, Jan Egeland, nesta quarta-feira.

"Parece que temos novas possíveis áreas sitiadas sob nossa observação, temos centenas de agentes humanitários incapazes de se mover em Aleppo", afirmou ele a repórteres depois de presidir uma reunião semanal de nações que apóiam o processo de paz na Síria.

"É uma desgraça ver que, enquanto a população de Aleppo sangra, suas opções de fuga nunca estiveram tão difíceis quanto agora."

O primeiro grande cessar-fogo dos cinco anos da guerra civil síria, patrocinado pelos Estados Unidos e pela Rússia, foi acertado em fevereiro, mas na prática desmoronou nas últimas semanas, e Aleppo tem sido a maior vítima da retomada das hostilidades.

A força-tarefa humanitária chefiada por Egeland teve algum sucesso ao abrir o acesso para a entrega de ajuda em abril, fazendo com que esse socorro chegasse a 40 por cento das pessoas em áreas sitiadas da Síria – em todo o ano de 2015 essa cifra foi somente de 5 por cento.

Mas o progresso estagnou e pedidos ao governo sírio para aprovação de comboios de ajuda para seis áreas ainda sitiadas em maio foram amplamente ignorados.

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