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Mundo

R.Unido convoca embaixador israelense em protesto contra assentamentos

3 dez 2012 - 10h15
(atualizado às 10h27)
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O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido convocou nesta segunda-feira o embaixador israelense em Londres para protestar contra os planos de Israel de construir 3 mil assentamentos na Cisjordânia e Jerusalém Oriental, confirmou o Foreign Office.

Em comunicado, o Ministério assinala que "deplora" a decisão do governo israelense porque ameaça as perspectivas de conseguir a criação de dois Estados, Palestina e Israel.

Ao mesmo tempo, o Ministério das Relações Exteriores da França também convocou hoje o embaixador israelense em Paris em protesto pelas novas colônias israelenses autorizadas em área palestina.

O Foreign Office informou que o embaixador israelense, Daniel Taub, foi convocado nesta mesma manhã pelo vice-ministro para o Oriente Médio do Ministério, Alistair Burt, para manifestar a "profunda preocupação" do Reino Unido por esta decisão.

"Deploramos a recente decisão do governo israelense de construir 3 mil novas casas", afirma o Ministério, e acrescenta que "isso ameaça a viabilidade da solução dos dois Estados".

"Pedimos ao governo israelense que reverta essa decisão. O embaixador israelense em Londres, Daniel Taub, foi convocado formalmente nesta manhã ao Foreign Office pelo vice-ministro para o Oriente Médio. Alistair Burt", acrescenta.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, qualquer outra decisão que o Reino Unido possa tomar dependerá do resultado das conversas com o governo israelense e com a União Europeia e Estados Unidos.

No sábado, o ministro britânico de Relações Exteriores, William Hague, havia manifestado sua preocupação pelo plano israelense e pediu ao governo do país que o reconsiderasse.

Segundo Hague, a decisão pode prejudicar um diálogo de paz com os palestinos para resolver o conflito no Oriente Médio.

Israel anunciou o projeto depois que a Assembleia Geral da ONU votou na semana passada a favor de reconhecer a Palestina como Estado observador.

O Reino Unido considera que se as casas forem construídas, poderiam alterar a situação no terreno e complicar a solução do conflito.

O governo britânico decidiu se abster na semana passada na votação diante a falta de avanços nas negociações de paz entre israelenses e palestinos. EFE

vg/tr

EFE   
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