Romney diz que Obama politizou aniversário da morte de Bin Laden
Por Sam Youngman
NOVA YORK, 1 Mai (Reuters) - O pré-candidato republicano Mitt Romney acusou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de politizar o primeiro aniversário da morte de Osama bin Laden.
Obama viajou de surpresa para o Afeganistão a fim de celebrar a data, enquanto Romney também buscou um evento simbólico, comendo pizza com bombeiros que atuaram nos atentados de 11 de setembro de 2001.
Pelo segundo dia consecutivo, Romney tentou neutralizar acusações da campanha de Obama de que ele talvez não tivesse dado a ordem para matar Bin Laden caso fosse o presidente.
Bin Laden, fundador da rede Al Qaeda, foi morto em 1 de maio de 2011 por forças especiais dos EUA em missão clandestina no Paquistão, num fato que representou um grande trunfo para a política externa de Obama.
"Acho muito frustrante que o presidente faça disso um item político ao sugerir que eu não teria ordenado essa ação. É claro que teria. Qualquer norte-americano, qualquer norte-americano pensante teria ordenado exatamente a mesma coisa", disse Romney ao programa "This Morning", da CBS.
Em 2008, Obama, então senador e candidato a presidente, disse que iria atrás de "alvos terroristas "de alto valor" dentro do Paquistão com ou sem o aval do governo paquistanês. Romney na época disse discordar, mas negou na terça-feira ter recuado daquela posição.
"Era uma época, digamos, frágil e inflamável no Paquistão, mas achei que seria um erro de (Obama), como candidato à presidência dos Estados Unidos, anunciar que iria entrar", disse Romney em Nova York.
Antes ele admitiu que Obama "tem todo o direito a levar o crédito por comandar o ataque que matou Bin Laden."
(Reportagem adicional de Doina Chiacu e Deborah Charles em Washington, texto de Steve Holland)
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