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Mundo

Rei e Rajoy reconhecem sucesso da América Latina

16 nov 2012 - 20h28
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Cádiz (Espanha) O rei Juan Carlos e o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, veem o momento em que toda a comunidade internacional vai reconhecer o protagonismo econômico que a América Latina ganhou, dando como exemplo seu êxito em superar a crise como a que agora Europa e Espanha estão sofrendo.

Essa é a mensagem transmitida em seus discursos na sessão inaugural da 12ª Cúpula Ibero-Americana de Cádiz, antes do jantar dos chefes de Estado e de Governo na qual o rei anunciou que na próxima semana suspenderá sua atividade para se submeter a uma nova operação em seu quadril esquerdo.

O lema da cúpula é "Uma relação renovada", e, nessa linha, o rei explicou que atrasou sua operação para estar presente em Cádiz, e aproveitou para pedir o aprofundamento da cooperação entre os países ibero-americanos para serem ouvidos no mundo com uma só voz.

"Precisamos de mais região ibero-americana", proclamou Juan Carlos na cerimônia inaugural da cúpula, na qual encorajou o reforço da conexão da Europa com a região ibero-americana.

Se na cúpula de há dois anos em Mar del Plata (Argentina), o monarca assegurou que "a região ibero-americana está em alta", hoje ratificou essas palavras.

Rajoy, em sua fala no ato inaugural, considerou que uma nova América Latina nasceu como "pilar fundamental do mundo ocidental" e ponte entre o Atlântico e o Pacífico.

Ao mesmo tempo, Rajoy ressaltou que a Europa também já não tem nada a ver com a qual sofria as consequências de décadas de divisão.

Concretamente, considerou que a Espanha é, hoje em dia, "com suas dificuldades e problemas", uma nação plural, sólida, avançada e com uma voz reconhecível na cena internacional.

Com essa realidade sobre a mesa, o presidente do Governo espanhol opinou que a América Latina pode apresentar muito à Espanha e à Europa em momentos de dificuldade como o atual, depois do sucesso que teve devido a sua "determinação, esforço e paciência" e na combinação de austeridade com políticas próprias de crescimento e coesão social.

"Mais da América Latina na Europa e na Espanha é uma receita imbatível para enfrentar os desafios atuais", destacou Rajoy, que fez uma acirrada defesa da utilidade das cúpulas ibero-americanas.

Tanto o rei como Rajoy se referiram a Cádiz e à Constituição que nasceu nesta cidade para colocá-las como exemplo de trabalho comum perante as dificuldades.

O chefe do Executivo fez um reconhecimento para que os primeiros constituintes entendessem que deveria sobressair "o consenso no marco da pluralidade, da unidade dentro da diversidade, e de se construir pontes em vez de levantar fronteiras".

De forma prévia ao início da cúpula, o rei e Rajoy compartilharam um almoço com o presidente mexicano, Felipe Calderón.

Ambos se encontraram também, embora separadamente, com os presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos; e do Equador, Rafael Correa, um dos mais interessados nas normas aprovadas para evitar os despejos de inquilinos das pessoas mais vulneráveis.

Com 400 mil compatriotas na Espanha, Correa reconheceu que se trata de um "avanço", mas estimou que é suficiente.

O rei, que durante as reuniões da manhã usou uma muleta, brincou com Santos sobre seu estado de saúde: "Aqui estou, um pouco paralítico, mas bem", disse.

Rajoy teve também um encontro com o presidente hondurenho, Porfirio Lobo, mas não pôde se reunir como tinha previsto com o boliviano Evo Morales, que cancelou a reunião por se sentir indisposto.

Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo, se reuniu ontem com seu colega cubano, Bruno Rodríguez, a quem, segundo revelou hoje, pediu formalmente uma rápida repatriação do espanhol preso na ilha Ángel Carromero.

Como adiantou à Efe o chanceler cubano, o pedido espanhol "será devidamente considerado", sobre a base dos acordos jurídicos de ambos os estados nesta matéria. EFE

nl-bb/ma

(foto) (vídeo)

EFE   
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