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Mundo

Rei da Espanha estimula empresas brasileiras a investir em seu país

19 nov 2012 - 14h30
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O rei Juan Carlos I incentivou nesta segunda-feira as empresas brasileiras a investir na Espanha, um país que, como destacou na presença da presidente Dilma Rousseff, "tem uma das economias mais abertas do mundo" e é uma grande plataforma de entrada na Europa, no Oriente Médio e na África.

O monarca espanhol citou os vínculos e afinidades que existem entre o Brasil e a Espanha no começo do almoço de gala oferecido a Dilma em Madri.

Em seu discurso, Dilma disse que, no âmbito multilateral, "Europa e Espanha têm no Brasil um aliado disposto a participar de um pacto a favor do crescimento, da recuperação da demanda global e do emprego".

O rei falou sobre a necessidade de os dois países continuarem estreitando suas relações econômicas dentro de uma "interdependência" crescente que se aprecia no fato de a Espanha ser o maior investidor europeu no Brasil e o segundo maior no geral, em setores "muito importantes".

Juan Carlos I lembrou à presidente brasileira que a Espanha está fazendo um grande esforço para "recuperar o caminho do crescimento econômico e a criação de postos de trabalho". O monarca destacou que a Espanha é um país com uma das economias "mais abertas do mundo", com uma legislação "propícia", modernas infraestruturas e "grande afinidade cultural".

Por tudo isso constitui, disse, uma "excelente plataforma" para a penetração dessas empresas na Europa, no Mediterrâneo e também no Oriente Médio e na África.

"A Espanha já se tornou a base europeia para muitas empresas ibero-americanas, e queremos que o seja também para as brasileiras", afirmou, ressaltando que "o parceiro natural de uma empresa espanhola ou portuguesa é um parceiro latino-americano e vice-versa".

O rei disse a Dilma que poderá contar com a Espanha para contribuir para o "sucesso" do Brasil na organização da Copa do Mundo de futebol de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016.

Juan Carlos, que pronunciou parte de seu discurso em português, evocou a herança histórica comum entre os dois países, que compartilham entre seus valores fundamentais o estado de direito, o sistema democrático de governo e o respeito e defesa aos direitos humanos e às liberdades fundamentais.

Estes mesmos aspectos também foram destacados por Dilma, que disse que a Espanha e Brasil têm muitas oportunidades de futuro, especialmente com um plano de ação que inclui iniciativas para a troca de pesquisadores.

A presidente lembrou que os US$ 8 bilhões de trocas comerciais no ano passado, mesmo sendo históricos, ainda são "pequenos" pelo grande potencial que as relações econômicas entre as duas nações oferecem.

Por sua vez, o rei fez notar a vontade de permanência das empresas espanholas no Brasil, dando emprego a "centenas de milhares" de brasileiros e transferindo tecnologia e conhecimentos.

Juan Carlos também se referiu à superação da crise diplomática por impedimentos a brasileiros que visitariam a Espanha, e apostou em facilitar a estadia temporária no país latino-americano de profissionais espanhóis altamente qualificados para cobrir suas necessidades de mercado.

No âmbito cultural, o rei não esqueceu de mencionar o interesse que o Brasil tem pela língua espanhola, já que é o país com mais unidades do Instituto Cervantes. Por fim, o monarca espanhol fez votos para que Espanha e Brasil continuem trabalhando juntos reforçando suas respectivas posições em um mundo global "cheio de desafios e oportunidades". EFE

adr/id

EFE   
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