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Rebeldes sírios detêm observadores da ONU nas colinas de Golã

6 mar 2013 - 18h37
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Cerca de 20 observadores das Nações Unidas foram detidos por rebeldes sírios na região das colinas de Golã, área de instabilidade na fronteira entre a Síria e Israel. Relatos iniciais apontam que eles poderiam ser filipinos.

Em um vídeo postado mais cedo na internet, homens armados que se identificaram como rebeldes sírios aparecem ao lado de veículos com as letras UN (ONU, na sigla em inglês).

Os observadores da entidade monitoravam um cessar-fogo entre a Síria e Israel no local que já foi palco de conflitos entre os dois países. A ONU mantém observadores na região desde 1974, data do último confronto.

As Nações Unidas já deslocaram uma equipe para avaliar a situação.

'Mártires de Yarmouk'

O vice-porta-voz da ONU, Eduardo del Buey, disse que os observadores estavam em uma "missão de suprimentos de rotina" quando foram abordados por homens armados no posto de observação 58, ao longo da fronteira.

Ele acrescentou que o posto havia sido danificado e seus funcionários haviam sido retirados no fim de semana passado, após fortes combates nas proximidades.

No vídeo publicado na internet, um dos homens armados diz pertencer ao grupo "Mártires de Yarmouk", uma das brigadas rebeldes que lutam na guerra civil síria e querem a saída do presidente Bashar al-Assad.

A guerra já dura quase dois anos e já deixou mais de 70 mil mortos e um milhão de refugiados, segundo a ONU.

A gravação foi circulada pelo Observatório Sírio para Direitos Humanos, com base em Londres.

Já o Exército Livre da Síria, a principal força de luta dos rebeldes, condenou a detenção dos observadores.

Um de seus líderes, o general Salim Idriss, disse à BBC que "farei tudo o que eu puder para liberá-los".

O Conselho de Segurança das Nações Unidas também condenou a ação e exigiu a soltura imediata do grupo.

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