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Mundo

Prisão no México representa novo golpe a cartéis de droga

13 set 2010 - 15h31
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A prisão neste fim de semana de um chefe do tráfico mexicano representou um novo golpe a um dos principais cartéis do país, mas o governo do presidente Felipe Calderón ainda enfrenta desafios enquanto tenta deter o tráfico.

Em uma prisão sem derramamento de sangue no domingo, fuzileiros navais mexicanos capturaram o ex-policial Sergio Villarreal, cujos 2 metros de altura contribuíram para o apelido de ''El Grande'', a segunda pessoa de destaque do poderoso cartel Beltran Leyva a ser pega em semanas.

A prisão marcou uma nova vitória para a guerra contra as drogas de Calderón, depois da prisão no fim do mês passado de Edgar "La Barbie" Valdez, outro chefão que disputava a liderança do mesmo cartel depois que as autoridades mataram o então líder da quadrilha em dezembro.

"O cartel está muito enfraquecido...Haverá uma reestruturação (de líderes), mas o enfraquecimento será substancial", disse o porta-voz dos fuzileiros navais, José Luis Vergara, numa entrevista coletiva na segunda-feira.

Com barba por fazer e usando uma camiseta preta com o logo de um time de basquete do Texas, Villarreal estava diante de soldados mascarados ao ser apresentado pelas autoridades à população.

Responsabilizado por alimentar uma guerra de disputa de poder dentro do cartel Beltran Leyva, o rosto Villarreal permaneceu imóvel ao encarar os jornalistas alguns dias antes de seu 41o aniversário.

Alberto Islas, analista de segurança da Risk Evaluation, afirmou que Villarreal traficava até 10 toneladas de cocaína por mês para os Estados Unidos. Estima-se que o tráfico renda aos cartéis mexicanos até 40 bilhões de dólares por ano.

Apesar disso, a captura dele poderá intensificar a disputa de poder que atingiu o cartel Beltran Leyva depois da morte do chefão Arturo Beltran Leyva no ano passado, e possivelmente aumentar as brigas entre os cartéis em busca de controle de rotas de tráfico.

Menos claro está qual será o impacto das recentes prisões sobre a violência geral no México, onde mais de 28 mil pessoas morreram desde que Calderón lançou sua repressão aos cartéis em 2006.

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