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Presidente do Zimbábue convocará eleições antes de 31 de julho

2 jun 2013 - 15h52
(atualizado às 16h03)
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O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, anunciou neste domingo que convocará eleições presidenciais antes do dia 31 de julho, apesar de seus adversários pedirem mais tempo para que possam ser organizados pleitos livres e justos.

Mugabe acataria assim a decisão do Tribunal Constitucional, que na sexta-feira passada estabeleceu o dia 31 de julho como prazo para a realização das eleições, atrasadas em várias ocasiões.

"Aceitamos esta sentença e trabalharemos de acordo com ela", disse hoje Mugabe em entrevista concedida à televisão pública do Zimbábue, "ZBC". O mandato do Parlamento zimbabuano expira no próximo dia 29 de junho.

A decisão do Tribunal Constitucional favorece o partido de Mugabe, a União Nacional Africana do Zimbábue - Frente Patriótica (Zanu-PF), que pediu em repetidas ocasiões a realização de eleições o mais rápido possível para acabar com o governo de união nacional criado em 2009.

O outro membro do Executivo de coalizão, o Movimento por Mudança Democrática (MDC) do primeiro-ministro, Morgan Tsvangirai, alega que ainda não há condições propicias para eleições livres e justas.

Mugabe acusou hoje o MDC de querer atrasar o pleito para seguir desfrutando do poder, e assegurou que seu partido está preparado para uma votação que qualificou de "crucial". Após as violentas eleições de 2008, nas quais morreram 200 filiados do MDC, esse grupo político e a Zanu-PF assinaram um pacto para a formação de um governo de coalizão.

Mugabe governou o país sozinho e de forma autoritária desde a independência do Reino Unido, em 1980, até a criação do citado governo de união nacional, em 2009. Apesar do pacto de governo, Mugabe e a Zanu-PF mantiveram o controle das Forças Armadas, da polícia, do aparelho judicial do país e dos meios de comunicação públicos.

EFE   
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