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América Latina

Porto Rico: homem é velado na escavadeira em que trabalhava

25 jun 2014 - 01h55
(atualizado às 07h46)
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O corpo de um trabalhador da construção civil foi velado em uma espécie curiosa de cortejo sobre a pá de uma escavadeira com a qual trabalhava pelo bairro onde morava em Porto Rico, onde cada vez são mais frequentes os velórios extravagantes.

Segundo explicou nesta terça-feira à Agência Efe Myrna Santiago, funcionária do município de Naranjito, no centro da ilha, o caixão com o corpo de Félix Rivera Vázquez, que morreu na semana passada, foi colocado sobre a pá de uma escavadeira.

O veículo liderou uma caravana de 20 escavadeiras que transitou pelo bairro Achiote, depois que o corpo foi velado na funerária Naranjito Memorial. "Félix era um tremendo ser humano. Quando o colocaram na escavadeira, as pessoas começaram a atirar flores", relatou seu amigo Santiago sobre esta peculiar despedida, que consiste em embalsamar os corpos e mostrá-los ao público recriando cenas que dão a sensação que continuam vivos.

Semanas atrás, por exemplo, a octogenária porto-riquenha Georgina Chervoni foi trajada com seu vestido de noiva e recostada sobre sua cadeira de balanço favorita, como pediu a seus cinco filhas antes de morrer.

Nos últimos meses um pugilista foi velado, por assim dizer, pronto para participar de um combate e colocado de pé no corner de um ringue, e outro jovem de 22 anos sobre a moto que costumava dirigir.

Também chamaram atenção os casos de um homem que foi embalsamado e mostrado sobre uma das ambulâncias que possuía como proprietário de uma empresa, e o de outro que foi mostrado fantasiado como Che Guevara.

Estes velórios são levados muito a sério pelas famílias, que tentam homenagear de forma especial os falecidos, embora as autoridades tenham tentado, sem sucesso, encontrar vias legais para proibi-los.

Esta prática, que nasceu em Porto Rico em 2008, parece estender-se por alguns pontos dos Estados Unidos, segundo publicou no final de semana passado o "The New York Times", que detalhou que em Nova Orleans foram realizados três velórios deste tipo nos últimos dois anos, e outro em Mechanicsburg (Ohio).

EFE   
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