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Mundo

Policiais dispersam população com gás lacrimogêneo

30 set 2010 - 17h12
(atualizado às 17h55)
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Policiais dispersam com gás lacrimogêneo a população que avança em uma tentativa de chegar ao hospital onde se encontra refugiado o presidente, Rafael Correa, no meio da crise suscitada hoje após protestos de policiais e militares.

Nas proximidades do hospital, em Quito, milhares de pessoas se reuniram em uma tentativa de respaldar Correa, segundo constatou a Agência Efe.

"É um enfrentamento do povo contra o povo", disse um dos participantes do protesto onde é possível ouvir frases como "policiais corruptos, não enfrentem o povo com armas, o povo vem de mãos limpas".

"O povo unido jamais será vencido, aqui vem o povo", gritam enquanto tentam superar a barreira de policiais que estão do lado de fora do hospital onde se encontra Correa sob atendimento médico.

Na passeata, as pessoas, algumas com paus e bandeiras, lançam palavras de apoio a Correa e entre elas estão, inclusive, cadeirantes, crianças e idosos, constatou a Agência Efe.

"Estamos aqui de pé na luta pela democracia, defendendo o presidente de todos os equatorianos. Está aqui a população que veio de vários cantos caminhando. Estão lançando bombas de gás lacrimogêneo em ministros, senhoras, crianças", disse a ministra dos transportes, María de Los Angeles Duarte.

O povo apoia a democracia e não vai permitir que um grupo "que se acha atingido porque está mal informado coloque em risco a democracia no Equador", disse a ministra no meio da manifestação que avança em direção ao hospital, em referência aos militares e policiais que rejeitam a eliminação de incentivos profissionais.

"Estamos todos aqui dispostos a dar a vida para resgatá-lo", disse María se referindo a Correa.

Os manifestantes tentam subir pela rua principal que leva ao hospital, mas os policiais os dispersam lançando uma grande quantidade de gás lacrimogêneo.

Pouco antes, o ministro de Assuntos Exteriotes equatoriano, Ricardo Patiño, tinha pedido à população para se dirigir ao hospital da Polícia, em Quito, para "resgatar" Correa, ameaçado por policiais que tentam chegar a seu quarto.

EFE   
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