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Polícia e manifestantes islâmicos entram em conflito na Tunísia

19 mai 2013 - 12h25
(atualizado às 13h34)
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Simpatizantes de um grupo islâmico radical entraram em confronto com a polícia em duas cidades da Tunísia neste domingo, depois que o governo proibiu o comício anual do grupo e que o braço regional da al Qaeda defendeu uma posição firme contra as autoridades. 

Pelo menos 11 policiais e três simpatizantes do grupo extremista islâmico Ansar Al Sharia ficaram feridos, informou o Ministério do Interior do país.

A violência ocorreu na cidade central de Kairouan, lugar para onde foi planejado o comício, e num distrito de Túnis, onde, segundo testemunha da Reuters, houve feridos.

O grupo Ansar al-Sharia é o mais radical a surgir na Tunísia desde que ditador Zine al-Abidine Ben Ali foi derrubado em 2011. O grupo representa um teste para a autoridade do atual governo islâmico moderado.

Em Kairouan, onde esperava-se dezenas de milhares de pessoas na manifestação do Ansar al-Sharia neste domingo, os simpatizantes do grupo atiraram pedras contra a polícia, que respondeu com bombas de gás.

A polícia também não permitiu que o grupo, que abertamente dá apoio à al Qaeda, fizesse reuniões religiosas no distrito de Ettadamen, na capital Túnis. A proibição resultou em conflito. Os manifestantes cantavam: "O regime do tirano deve cair".

A polícia usou gás e disparou para cima para dispersar os cerca de 500 manifestantes, que atiravam pedras e incendiaram carros. Alguns deles substituíram uma bandeira do país ali içada pelo símbolo da al Qaeda.

Ônibus e metrô pararam de funcionar, e lojas fecharam. Os conflitos se espalharam por duas outras áreas da capital.

A Tunísia foi o primeiro país a viver a "Primavera Árabe". O novo governo do país é liderado pelo partido islâmico moderado, mas os radicais querem um papel maior para a religião. A elite secular do país teme que isso mine as liberdades individuais e a democracia.

Com informações das agências Efe e Reuters

Fonte: Terra
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