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Pó que podia ser antraz em mesquita de Bruxelas era farinha

26 nov 2015 - 14h11
(atualizado às 14h25)
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O pó branco encontrado no interior de um envelope na Grande Mesquita de Bruxelas, que obrigou a ativação do alerta por antraz, era apenas farinha, informou nesta quinta-feira (26) à Agência Efe o porta-voz do serviço de bombeiros da capital da Bélgica, Pierre Meys.

A Grande Mesquita de Bruxelas está localizada no mesmo bairro em que ficam as instituições da União Europeia (UE)
A Grande Mesquita de Bruxelas está localizada no mesmo bairro em que ficam as instituições da União Europeia (UE)
Foto: Reprodução

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A mesquita, situada no bairro onde ficam as instituições da União Europeia (UE), foi evacuada e os bombeiros foram para o local para iniciar o procedimento aplicável nos casos de descoberta de antraz.

Meys explicou à Efe que 11 pessoas que tinham estado perto dos envelopes tiveram que ser examinadas e seguir um processo de descontaminação que, no final, não era necessário tendo em vista a natureza da substância encontrada.

O porta-voz tinha dito horas antes que o procedimento que se ativa nos casos de antraz inclui a evacuação e descontaminação das pessoas, o deslocamento até o local de várias ambulâncias, um laboratório e especialistas de proteção civil.

A Grande Mesquita de Bruxelas fica no parque do Cinquentenário, um dos locais mais simbólicos da capital belga, a poucas ruas das sedes principais da Comissão Europeia e do Conselho da UE.

O fato acontece em pleno nível máximo de alerta antiterrorista em Bruxelas, decretado até pelo menos a próxima segunda-feira (30), por causa da ameaça possível e iminente que se comentam atentados em cadeia similares aos do dia 13 de novembro em Paris, quando morreram pelo menos 130 pessoas, segundo as autoridades belgas.

Enquanto isso, a operação antiterrorista realizada em Auvelais, situada no sul da Bélgica, terminou sem nenhum detido, informou a Promotoria federal do país.

"No marco do caso relativo aos atentados cometidos em Paris, foi realizada uma batida em Auvelais. Nenhuma pessoa foi detida", informou a Promotoria em comunicado.

A mesma instituição assinalou que não vai dar mais informações nem precisões suplementares sobre esta operação.

As revistas, realizadas nesse pequeno município situado no distrito de Sambreville, entre as cidades de Charleroi e Namur, inscreve-se na investigação que as autoridades belgas realizam no contexto da ameaça terrorista no país.

A operação envolveu o desdobramento de um grande dispositivo já que, segundo a rede pública de televisão "RTBF", os pesquisadores buscavam principalmente materiais mais do que indivíduos concretos.

As revistas terminaram por volta das 13h30 (horário local, 10h30 em Brasília), disseram fontes judiciais.

O jornal "La Dernière Heure" informou que, segundo um morador da região, a casa na qual foram feitas as revistas era ocupada por dois homens jovens, com cerca de 25 anos e de origem norte-africana.

O morador acrescentou que estas pessoas "não estavam presentes regularmente" na casa, para onde, segundo disse, se mudaram no dia 5 de outubro.

EFE   
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