Petróleo fecha terça-feira em queda em Nova York, a US$ 87,18 o barril

NOVA IORQUE, 27 Nov 2012 (AFP) - Os preços dos contratos futuros de petróleo encerraram a terça-feira em queda em Nova York, em um mercado demonstrando ceticismo com relação a economia europeia mesmo após o acordo para entregar um novo lote de ajuda à Grécia.As preocupações com a Europa deixaram em segundo plano dados econômicos positivos vindos dos Estados Unidos, maior consumidor mundial de petróleo. Com isso, o barril de "light sweet crude" (WTI) com entrega para janeiro caiu 56 centavos de dólar, para US$ 87,18 dólares, no New York Mercantile Exchange (Nymex).O barril de Brent do Mar do Norte com a mesma data de entrega fechou a 109,87 dólares no Intercontinental Exchange (ICE) de Londres, em queda de 1,05 dólares com relação ao fechamento de segunda-feira."Apesar dos indicadores positivos vindos dos Estados Unidos, o mercado continua centrado no que acontece na Europa", explicou o analista Matt Smith, da Schneider Electric.Os ministros de Finanças dos 17 países membros da união monetária europeia atingiram, após árduas negociações, um compromisso com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para garantir a sustentabilidade da dívida grega, cortando as medidas de austeridade.Além disso, desbloquearam um lote de ajuda externa, vital para o atribulado país.Este anúncio levou o petróleo à alta das operações na Ásia, mas o otimismo não durou.As condições impostas para Atenas "moderaram o otimismo" dos investidores, disse Smith, já que o mercado continua se perguntando sobre a capacidade da Grécia de executar os cortes orçamentários.Os indicadores positivos da economia norte-americana ficaram em segundo plano.A confiança dos consumidores registrou uma melhora em novembro, enquanto que os pedidos de bens duráveis permaneceram estáveis em outubro, quando os analistas apostavam em uma queda.Também a prudência se manteve em um mercado atento aos avanços das negociações nos Estados Unidos entre o governo e o Congresso para cortar o déficit.Sem um compromisso de ambas as partes, entrará em vigor no dia 1º de janeiro uma série de cortes do gasto somados a uma alta de impostos, conhecidos como "abismo fiscal".Os operadores também estão na expectativa da publicação desta quarta-feira dos dados semanais do Departamento de Energia dos Estados Unidos sobre as reservas de petróleo.jum/ppa/wm

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