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Dilma defende mais cooperação entre Brics para superar crise

Economia é a maior preocupação da cúpula dos líderes dos Brics na Rússia

9 jul 2015 - 06h32
(atualizado às 08h48)
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Os líderes dos Brics (da esq): Vladimir Putin (Rússia), Narendra Modi (Índia), Dilma Rousseff, Xi Jinping (China) e Jacob Zuma (África do Sul)
Os líderes dos Brics (da esq): Vladimir Putin (Rússia), Narendra Modi (Índia), Dilma Rousseff, Xi Jinping (China) e Jacob Zuma (África do Sul)
Foto: Getty Images

A presidente Dilma Rousseff e os demais líderes dos Brics defenderam nesta quinta-feira (9) a necessidade de aprofundar a cooperação e os investimentos entre as economias dos países do grupo para superar as dificuldades globais.

Na segunda e última rodada da cúpula que está sendo realizada em Ufa, no oeste da Rússia, os representantes dos cinco países (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) participaram do Conselho Empresarial do grupo, um fórum destinado a identificar oportunidades multilaterais de investimentos e preparar projetos em conjunto.

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"Devemos reforçar cada vez mais o papel dos Brics, tão importante para o desenvolvimento global. O comércio e os investimentos devem desempenhar um papel fundamental", disse Dilma.

A presidente destacou sua "satisfação" pelos acordos firmados na última cúpula do grupo, realizada no ano passado em Fortaleza, para criar o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) e o Fundo de Reservas em moeda estrangeiras terem sido ratificados e pelo fato de as novas instituições estarem praticamente prontas para funcionarem.

Dilma disse que a situação global é difícil, com uma queda de 50% dos investimentos diretos estrangeiros. E destacou a importância do NBD nesse cenário, avaliando que o banco terá um papel decisivo na intermediação de recursos para projetos de infraestrutura nos Brics e depois em outros países em desenvolvimento.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, usou seu discurso para defender o desempenho da economia do país, que também vive grave crise desde o ano passado devido à queda dos preços do petróleo e às sanções internacionais impostas pelo conflito na Ucrânia.

"Apesar das turbulências que afrontam a economia mundial e a russa, conseguimos manter os fundamentos básicos da economia nacional, que tínhamos fortalecido nos últimos 15 anos", assinalou.

Putin disse que a Rússia está interessada em desenvolver mais intercâmbios comerciais com os parceiros dos Brics nas moedas nacionais.

Já o presidente da China, Xi Jinping, disse em sua intervenção que, depois da grave crise mundial, a economia "se recupera em um ritmo lento", uma situação que coloca novos desafios para o grupo de países emergentes.

O mesmo recado foi dado pelo primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, que defendeu que as economias dos Brics "têm um grande potencial e podem conseguir mais com a cooperação".

"A União Europeia enfrenta grandes problemas, a situação dos mercados financeiros é instável e as sanções prejudicam a economia global. Por isso, é necessário aprofundar seriamente a cooperação entre os Brics", disse Modi.

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EFE   
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