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Paquistão critica Trump por promessa de libertar médico que ajudou a localizar Bin Laden

2 mai 2016 - 15h06
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O Paquistão criticou asperamente o pré-candidato presidencial republicano Donald Trump por dizer que ele obrigaria o país a libertar um médico paquistanês preso que se acredita ter ajudado a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) a encontrar o líder da Al Qaeda, Osama bin Laden.

Foto: Reuters

Trump, bilionário do setor imobiliário de 69 anos, afirmou à rede de televisão norte-americana Fox News na sexta-feira que, se eleito, irá fazer com que o Paquistão solte Shakil Afridi "em dois minutos", dizendo que Islamabad recebe muita ajuda de desenvolvimento dos EUA.

"Ao contrário da noção equivocada do senhor Trump, o Paquistão não é uma colônia dos Estados Unidos da América", disse o ministro do Interior paquistanês, Cheudhry Nisar, em um comunicado nesta segunda-feira.

A nota informou ainda que o destino de Afridi será decidido "pelos tribunais paquistaneses e o governo paquistanês, e não pelo senhor Donald Trump, mesmo que ele se torne presidente dos Estados Unidos".

A declaração veio à tona no quinto aniversário da morte de Bin Laden – arquiteto dos ataques de 11 de setembro de 2001 em cidades norte-americanas – durante uma operação secreta na cidade paquistanesa de Abbottabad que prejudicou as relações entre os dois aliados estratégicos. 

Washington vê Afridi como um herói, mas em 2012 o Paquistão o condenou a 33 anos de prisão pela acusação de pertencer ao grupo militante Lashkar-e-Islam, o que ele nega. Essa sentença foi anulada, e agora Afridi aguarda julgamento por outra acusação.

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