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Papa viaja hoje para Equador, 1ª parada de 'tour latino'

Francisco fará uma visita ao presidente Rafael Correa e terá encontros com estudantes e membros da sociedade civil e do clero.

5 jul 2015 - 02h32
(atualizado às 09h34)
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Papa vai ao Equador neste domingo
Papa vai ao Equador neste domingo
Foto: Getty Images

O papa Francisco fará neste domingo a nono viagem internacional de seu pontificado que a levará ao Equador, a primeira etapa de seu tour pela América Latina na qual também visitará Bolívia e Paraguai até o próximo dia 12 de julho.

Francisco decolou às 9h locais (4h de Brasília) do aeroporto romano de Fiumicino e, após percorrer cerca de 10 mil quilômetros, aterrissará no aeroporto Mariscal Sucre da capital equatoriana, Quito, às 15h locais (17h de Brasília).

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No Equador permanecerá até quarta-feira 8 de julho e, nesses três dias, sua agenda contempla atos em Quito e em Guayaquil, a cidade mais povoada do país.

Entre as entrevistas que o papa terá no Equador está a visita ao presidente Rafael Correa e encontros com estudantes e membros da sociedade civil e do clero.

Papa quer discutir questões sociais e se aproximar de periferias

Além do Equador, o papa Francisco vai passar pela Bolívia e pelo Paraguai, com a missão de discutir questões sociais e se aproximar das "periferias", marco de seu Pontificado.

A visita ao continente era aguardada desde 2013, quando o argentino Jorge Mario Bergoglio assumiu a liderança da Igreja Católica e esteve no Brasil para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

Apesar da expectativa de uma ida à Argentina, sua terra natal, e à Colômbia, que enfrenta há décadas um confronto com o grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o roteiro de Francisco inclui apenas nações que estão longe dos centros de poder da geopolítica internacional.

“Pela primeira vez a visita será feita a três países, não os maiores e os primeiros na geopolítica, seguindo a lógica das periferias querida pelo Pontífice. A história desses três países, feita de conflitos e ditaduras, será um elemento importante para entender as mensagens que o Papa irá proferir”, disse o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi.

De acordo com o professor Fernando Altemeyer Junior, do Departamento de Ciências da Religião da PUC-SP, Francisco sabe que não há necessidade de estar somente em países centrais para que sua mensagem seja ouvida.

“O Papa possui outros interesses além da diplomacia. Ele não precisa ir a um caldeirão quando a água está fervendo”, disse o especialista, em entrevista à ANSA, justificando a exclusão da Colômbia e da Argentina do roteiro.

Para Altemeyer, os três países foram escolhidos por apresentarem semelhanças como economias em desenvolvimento, populações rurais, forte influência do catolicismo, presença de movimentos sociais e povos minoritários, como os indígenas.

“Equador, Bolívia e Paraguai não são destinos muito prestigiados, mas o objetivo do Papa não é fazer uma missão diplomática. Ele celebrará uma missa em guarani, visitará um hospital, se reunirá com a sociedade civil e religiosos”, afirmou o teólogo Jorge Claudio Ribeiro, da PUC-SP.

“O que chama mais a atenção no Pontificado de Francisco é que ele transpassa por diversos temas, sem escolher um mote específico. Ele toca em questões de níveis variados, de pobreza, imigração e pedofilia à corrupção e ecologia”, analisou o especialista.

E é justamente o assunto do meio ambiente que pode vir à tona durante sua passagem pela América Latina. Com sua recém-lançada encíclica "Laudato Si", que fala sobre ecologia e escassez, Francisco deverá fazer apelos direcionados às populações rurais.

“Francisco já conhece esses países desde a época em que era sacerdote e poderá fazer discursos mais livres e contundentes em sua língua materna, o espanhol”, disse Altemeyer.

Talvez em 2016 o líder da Igreja Católica faça, finalmente, uma visita à Argentina e à Colômbia, sendo que neste último país ele deve assumir um papel de mediador com as Farc.

Para 2015, Francisco tem programada uma viagem para Cuba e Estados Unidos, após se tornar peça-chave na retomada das relações entre as duas nações, rompidas há mais de meio século.

As informações são da EFE e da Ansa

Fonte: Terra
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