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Papa recebe exemplar de "Quixote" de Instituto Cervantes e da RAE

2 mai 2016 - 11h10
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O papa Francisco recebeu nesta segunda-feira no Vaticano o diretor do Instituto Cervantes, Víctor García de la Concha, o diretor do Real Academia Espanhola (RAE), Darío Villanueva, e o acadêmico Francisco Rico, que o presentearam com um exemplar de Dom Quixote.

O papa teve um encontro privado de 20 minutos com eles no Vaticano, quando rememorou seu passado como professor dos jesuítas e também como estudante, quando "no ensino médio, no ramo de Ciências, leu íntegra a obra de Miguel de Cervantes", destacou la Concha.

"Esteve muito descontraído, sem pressa alguma", afirmou o diretor do Instituto Cervantes, em entrevista coletiva realizada na embaixada da Espanha na Santa Sé, após o encontro privado.

Durante a audiência, "verdadeiramente comovente", García da Concha explicou a Francisco o motivo da visita, ser este o ano em que se celebra os 400 anos da morte do escritor, nascido em Alcalá de Henares em 1547.

"Nos parecia que nos 400 anos da morte de Cervantes, lembrando o velho professor de Literatura que ele (Francisco) tinha sido, o mais adequado era presenteá-lo com uma edição de referência, de estudo, que na realidade constitui uma enciclopédia do Quixote e ao mesmo tempo recupera a voz de Cervantes ao longo do romance, por caus das adições e supressões que os impressores fizeram", relatou.

As modificações que os impressores da obra realizaram foram explicadas pelo professor Rico, que dirigiu a edição do Quixote do Instituto Cervantes: "Nas impressões da época estavam contadas as páginas do manuscrito que tinham que ir em cada página do impresso".

"Se passavam, cortavam, se ficavam curtos, acrescentavam. E mostrei ao Santo Padre alguns casos nos quais é materialmente visível como se acrescentou o texto. E ele gostou", comentou Rico.

O papa também mostrou sua preocupação pelo pouco vocabulário dos estudantes atualmente.

"O percebemos preocupado com essa pobreza léxica dos estudantes de seu país. Deu para notar que ele recebeu alguma notícia estatística de que os estudantes do ensino médio da Argentina saíam da escola com 500 palavras do espanhol, o que é muito pouco", disse o diretor do Real Academia Espanhola, Darío Villanueva.

EFE   
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