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Papa não julga homossexuais, mas se mostra contrário ao "lobby gay"

29 jul 2013 - 09h25
(atualizado às 09h34)
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O papa Francisco disse nesta segunda-feira que não julga os homossexuais, mas que é contrário ao "lobby gay", em declarações feitas de dentro do avião que o levou de volta a Roma desde o Rio de Janeiro.

"Em um lobby nem todos são bons, mas se uma pessoa é gay, procura ao Senhor e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la. O Catecismo da Igreja Católica explica e diz que não se deve marginalizar essas pessoas e que elas devem ser integradas à sociedade", afirmou o pontífice.

Francisco afirmou que o problema não é ter essa tendência. "Devemos ser mais irmãos, o problema é fazer o lobby dessa tendência, ou de políticos, maçons. Esse é o maior problema", explicou.

O pontífice fez estas declarações no avião que o levou de volta para Roma desde o Rio de Janeiro, onde falou com os jornalistas que o acompanharam durante uma hora e meia.

O papa também se referiu à reforma da Cúria romana e assegurou que não notou "resistência" dentro do Vaticano, mas que o essencial é "a transparência e a honradez".

O pontífice comentou à Agência Efe sobre a reforma do Instituto para as Obras de Religião (IOR), conhecido como o Banco do Vaticano, envolvido há em escândalos de suposta lavagem de dinheiro, e a comissão que criou estudar o que fazer com o chamado "banco de Deus".

"Eu não sei como acabará o IOR. Alguns dizem que talvez seja melhor (transformá-lo) em um banco, outros em um fundo de ajudas e outros que é preciso fechá-lo. Eu não sei, confio no trabalho das pessoas que estão trabalhando nisto", disse.

O papa falou também da canonização dos papas João XXIII e João Paulo II, que não será em 8 de dezembro, como foi pensado a princípio, porque o frio dificulta a viagem de fiéis poloneses a Roma.

Francisco acrescentou que as datas pensadas atualmente são 24 de novembro, festa do Cristo Rei, ou 27 de abril de 2014, festa da Divina Misericórdia.

EFE   
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