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Mundo

Papa Francisco receberá amanhã anel do Pescador, símbolo do poder pontifício

18 mar 2013 - 13h28
(atualizado às 13h37)
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O papa Francisco, cujo lema "Miserando atque eligendo" ("Olhou-o com misericórdia e o escolheu") foi apresentado nesta segunda-feira, oficiará amanhã a missa solene de início de seu pontificado, na qual receberá o pálio (estola) e o anel do Pescador, que simbolizam o poder pontifício.

Por ocasião da cerimônia, que coincidirá com a festa de San José, padroeiro da Igreja, começaram a chegar a Roma líderes de todo o mundo - são esperadas delegações de 130 países.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi a primeira chefe de Estado recebida pelo papa Francisco, encontro que, segundo disse à Agência Efe o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, é considerado um "gesto de cortesia e afeto" para com a governante e o povo argentino.

O rito que se seguirá à cerimônia de inauguração de pontificado é o resultado da reforma do Concílio Vaticano II e começará com uma oração diante do túmulo de são Pedro, na cripta da basílica vaticana, na qual Francisco estará acompanhado pelos patriarcas e arcebispos maiores das igrejas católicas de rito oriental.

Depois, em procissão, irá à Praça de São Pedro, onde lhe serão entregues o pálio e o anel do Pescador, e em seguida começará a missa.

Antes do começo da cerimônia, às 8h45 locais (4h45 de Brasília), o pontífice percorrerá de papamóvel ou de jipe a praça de São Pedro e ruas anexas, passando perto de milhares de fiéis.

Às 9h30 locais (8h30 de Brasília), no meio de uma basílica totalmente vazia, o jesuíta Francisco, de 76 anos, visitará o túmulo de Pedro junto com os patriarcas das Igrejas Orientais.

Lá, ele vai permanecer por alguns minutos rezando, para em seguida subir à basílica e se unir em procissão aos religiosos com os quais irá até o sacrário da praça de São Pedro, onde será realizada a missa solene na presença de delegações oficiais de todo o mundo e centenas de milhares de pessoas.

A entrada na praça será feita enquanto soa o Decidas Regiae, a cargo do coro da Capela Sistina e do Instituto de Música Sacra.

O pálio será colocado pelo cardeal protodiácono, Jean-Louis Tauran, o mesmo que anunciou ao mundo que a Igreja tinha um novo papa no último dia 13, e o anel do Pescador será entregue pelo decano do colégio cardinalício, Angelo Sodano.

O pálio é uma antiga insígnia episcopal e simboliza o Salvador, que, encontrando o homem como a ovelha desgarrada, o carrega em suas costas. A estola mede 2m60 de comprimento e é feita de lã de ovelhas e cordeiros. O anel conta com uma imagem de Pedro com as chaves e jogando as redes para pescar.

Francisco usará o anel até sua morte ou renúncia, quando o camerlengo o destruirá para que ninguém possa usá-lo e, ao mesmo tempo, para simbolizar o final do pontificado.

Depois, seis cardeais, em nome dos 207 que formam o Colégio Cardinalício, lhe mostrarão obediência.

O Evangelho será lido em grego, e a comunhão será dada por 500 sacerdotes. No final da missa, Francisco cumprimentará dentro da Basílica de São Pedro os representantes das delegações presentes, entre eles a presidente Dilma Rousseff.

Hoje, véspera da cerimônia, o Vaticano apresentou o escudo e o lema papal de Francisco, "Miserando atque eligendo".

Em linhas essenciais, Francisco conservou seu escudo de bispo, ao qual lhe acrescentou os símbolos da dignidade pontifícia: a mitra colocada entre as chaves de prata e ouro, entrelaçadas com um cordão vermelho.

Na parte alta do escudo fica o emblema da Companhia de Jesus: um sol radiante amarelo com as letras em vermelho IHS (Jesus, Homem e Salvador).

EFE   
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