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Papa condena pedofilia após abuso e morte de menina italiana

1 mai 2016 - 13h12
(atualizado às 14h02)
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O Papa Francisco pediu "punição severa" para pedófilos neste domingo, depois que novos detalhes surgiram no caso da morte de uma menina italiana de seis anos, em 2014, que teria sido jogada do oitavo andar de um prédio por seu abusador.

"Isso é uma tragédia. Não podemos tolerar o abuso de menores", disse o Papa
"Isso é uma tragédia. Não podemos tolerar o abuso de menores", disse o Papa
Foto: EFE

"Isso é uma tragédia. Não podemos tolerar o abuso de menores", disse o Papa, em um improviso durante seu discurso na mensagem e benção de domingo para dezenas de milhares de pessoas na Praça de São Pedro. "Temos que proteger as crianças e punir severamente os abusadores".

A própria Igrega Católica tem sido abalada por escândalos de abusos de crianças. No entanto, Francisco não mencionou os casos, como já fez em outras falas no passado.

Os detalhes que tem surgido no caso da menina Fortuna chocaram a Itália. Depois de reabrir as investigações, a polícia denunciou um homem de 43 anos por ter jogado a menina de um prédio de apartamentos em uma área perigosa de Nápoles, depois de tê-la estuprado. De acordo com a Polícia, o acusado a matou para que não pudesse denunciá-lo.

O homem, que foi acusado de molestar outras crianças e está na prisão, em Roma, nega as acusações.

No sábado, o presidente italiano, Sérgio Matarella, clamou por um "amplo, rápido e severo" processo judicial no caso, que tem dominado as manchetes dos jornais nos últimos dias.

O abuso de crianças por padres tem atormentado a Igreja Católica por anos. Alguns casos, como os do estado americano da Louisiana, foram expostos na década de 80, mas o escândalo somente explodiu em 2002, quando reportagem do jornal The Boston Globe mostrou que os bispos americanos na área de Boston apenas mudavam os padres abusadores de paróquia, em vez de expulsá-los da igreja. Escândalos similares tem sido descoberto em todo o mundo desde então.

Apesar do Papa Francisco ter prometido tolerância zero para abusadores na igreja, grupos de vítimas o têm acusado de não fazer o suficiente. Afirmam que ele deveria fazer mais para responsabilizar os bispos por encobrirem os casos e não preveni-los.

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